Prólogo

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11000a.C Floresta dos reis. Planeta Terra.

A floresta dos reis já havia sido chamada de floresta dos deuses por um povo que habitara suas redondezas bem antes dos humanos existirem sobre a terra, mas muitos dizem que este povo, o mesmo que conversava com os criadores e divindades retornara para as estrelas no f   ano em que o ser humano começ hou a evoluir, no fim eles não queriam atrapalhar ou foram forçados a fazerem isto, mais tarde, os homens os chamaram de anjos. A floresta era verde e de árvores altas, nunca havia sofrido perdas grandes fosse por ação de algum ser vivo ou por desastres naturais, mas no dia mais ensolarado que aquelas plantas viram tudo mudou.

Dos céus uma luz tão poderosa quanto o sol iluminou todo o planeta, um clarão divino e uma onda de calor tão forte quanto uma explosão solar arrasou metade da floresta, do verde ao cinza, do belo ao pó, em um segundo. Acompanhando aquela explosão de poder dois seres caíram como um meteoro no meio do que restara da floresta, socos, gritos, mais e mais explosões de ar, frio, quente, raios, tremores, até mesmo as nuvens se dissiparam, eram deuses, eram divinos. Uma sombra e uma luz, e não muito longe dali podia se observar algo que pairava entre bem e o mal, algo sem cor e sem vida, que só observava a batalha catastrófica.

— Por que você nos trouxe para esta época seu verme?! — A sombra gritou, arrancando e arremessando uma árvore no portador da luz.

— Você não podia destruir mais uma cidade! Eu não podia permitir! — O ser de luz respondeu, enquanto facilmente desviava da árvore arremessada.

O ser sombrio gritou de raiva e avançou para mais um ataque, o portador da luz parecia não se preocupar com o que estava acontecendo mas não se dava por abatido, para cada soco que recebia entre chamas e raios ele dava dois de poder equivalente, o mundo ao redor deles parecia não suportar as explosões de vento provocadas por cada soco, mais e mais árvores caiam. A luta nunca teria fim pois o único que podia acabar com aquilo só sabia observar.

Os olhos vermelhos, o capuz de trevas, e a foice ensanguentada, nada no mundo causaria mais medo a um homem do que a face da verdadeira sombra do terror, claro, não era uma sombra odiada por querer, mas por dever, designada pelo criador como a fonte de infinita perdição a Morte não tinha nenhum outro dever além de estar em todos os lugares e épocas ao mesmo tempo para ceifar aqueles que pereciam diante da natureza ou de si mesmo. Mas o que a Morte deveria fazer quando a realidade era ameaçada por seres de poder infinito? A quem ela deveria recorrer quando nem mesmo seu dever era capaz de deter uma batalha tão devastadora?

O mundo assistia a cada segundo, a cada golpe o nascimento de um novo deserto e foi então que cansada de assistir aos eventos sem participar a Morte resolveu agir, e com um clarão tão forte quanto o que tinha dado início à batalha ela sumiu com os dois seres, e ali, onde um dia havia sido a floresta dos reis, a floresta dos deuses, nascera um deserto conhecido nos dias atuais como Saara. Mas ao contrário do que se pode imaginar, aquela história não havia começado ali, nem mesmo dez anos no futuro, ou mil, aquela história havia começado no ano de 1999, porém, a parte interessante iniciara em 2012.

A lenda dos trêsWhere stories live. Discover now