O Código Imaculado

PRÓLOGO

Desde que o mundo é mundo as trevas estão no nosso caminho, basta decidir qual quer seguir.

O mundo sempre foi repleto de pessoas boas e ruins, mas quem fez isso com elas foram apenas elas mesmas, algumas foram estimuladas, outras foram levadas, algumas já nasceram destinadas á estar em um determinado grupo.

É o quadragésimo ano do Imaculado Tzimas e o Império do Oriente está em festa, comemora-se trinta anos da libertação da tirania da Mão Negra.

Há muito tempo, uma sociedade foi fundada, era a sociedade da Mão Negra, o líder era Gelroth, um forasteiro vindo do extremo leste, de onde nunca se ousava falar, um local habitado por tribos de canibais e nativos que viviam em guerra. Gelroth fundou a Mão Negra com a intenção de instaurar a paz em toda a Valia, inclusive no extremo leste, com sua persuasão, colocou a população contra o Rei Alamut e fez um levante que o levou ao poder, a família real foi decapitada em praça pública com apoio popular e a Mão Negra governou por trinta anos com tirania e miséria alastrando-se pelo reino. Enquanto as mães matavam seus filhos para que não morressem de fome e frio, o novo rei realizava banquetes com o pouco que a agricultura colhia.

Enquanto o reino era assolado pelo rei Gelroth e a Mão Negra, do outro lado do Mar Velho, nas Ilhas das Lágrimas, o último sobrevivente da família real armava-se para a revolução, era Tibério Tzimas, aclamado Guerreiro Solar, fundando a sociedade Imaculada que anos depois se dissiparia á todos os cantos do mundo, Tzimas montou a rebelião que saqueou a capital e baniu a Mão Negra do poder, pondo fim á uma vingança, onde Gelroth e a realeza foram queimados.

Esta foi a Libertação. O povo festeja nas ruas por todas as vilas da Capital, por todas as cidades e vilarejos. O povo nunca mais quer relembrar do tempo em que a tirania retirou tudo que era deles.

Mas as trevas nunca descansam. Em um reino onde a paz prospera é quando o mal está adormecido esperando o momento certo para revidar. A paz prospera em Valia, ainda.