Capítulo 22 - 11 de Agosto de 2015

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11 de agosto de 2015.

Eu terminei de explicar para um grupo novo de hóspedes como eles poderiam chegar mais rápido em um dos mirantes da ilha, antes de caminhar para a recepção do hotel, onde a Camila mexia distraidamente no computador. Nesses últimos dias, eu estava ocupando meu tempo em auxiliar a tomar conta do hotel, enquanto ajudava a Camila a continuar a reforma da casa dela, aliás, nossa casa, digamos assim... e ainda começava a dedicar uma parte do meu tempo às minhas pinturas. Estava sendo divertido para mim e bem menos estressante do que em NY.

―Camz... está muito ocupada? – Eu perguntei a abraçando por trás.

—Não muito, por quê? – Ela perguntou calma, acariciando meus braços.

―Preciso ir até o centro da cidade, tenho que verificar alguns e-mails da empresa, vou ficar em algum café com internet por lá... Quer ir me fazer companhia? – Eu devolvi a pergunta beijando suavemente seu pescoço.

—Claro! Me dá dez minutos e eu vou pedir para a Ally terminar essas reservas aqui para mim, ok? – Ela concordou se virando para me dar um breve beijo nos lábios.

―Tudo bem, vou te esperar no carro. – Eu informei simples e ela assentiu antes de me dar uma um beijo.

Eu segui para fora do hotel e caminhei até o Jeep amarelo, me sentando no banco do motorista e esperando pela Camila. Eu sempre fui fã de bmw's, não é a toa que tenho uma NY, mas por incrível que pareça, eu me sentia bem melhor agora sentada nessa lata velha amarela do que no meu conversível. Até meu carro era uma coisa falsa sobre o meu comportamento... O quão irônico era isso...

—Rindo sozinha, cariño... – Camila comentou com um sorriso, depois de se aproximar, se sentando no banco do carona.

―Só estava pensando... Eu adoro esse Jeep sabia? – Eu falei naturalmente, enquanto ligava o carro.

—Você diz isso agora, porque da primeira vez que andou nele estava com uma cara péssima... Parecia um bebê mimado sem o brinquedo. – Ela disse soltando uma risada.

―Ei, só era diferente do que eu estava acostumada, ok? – Eu tentei me defender. – Eu estava com uma cara péssima porque estava do lado de uma tagarela, com um sorriso extremamente irritante e que andava em ziguezague com o carro. – Eu adicionei dando de ombros, enquanto dirigia.

—Tagarela e de sorriso irritante? Então foi essa a sua primeira impressão sobre mim? – Ela perguntou boquiaberta e eu ri.

―Não, a primeira impressão que eu tive foi que a sua bunda era maravilhosa. – Eu provoquei sabendo que ela odiava quando comentassem da bunda dela.

—Idiota. – Ela reclamou batendo levemente em meu braço. – Prefiro a minha Lo romântica. – Ela falou com um bico e eu ri novamente.

―Você sabe que roubou meu coração assim que eu te vi pela primeira vez, amor. – Eu admiti com um sorriso.

—Acho que esse foi o meu único roubo bem sucedido. – Ela comentou soltando uma risada, enquanto deixava sua mão acariciar minha nuca.

―Oh... então você já era uma ladra antes? Eu não conhecia esse seu lado, Cabello. – Eu brinquei continuando a prestar atenção no transito.

—Em minha defesa, eu só tinha sete anos... Eu estava no mercado com a minha mãe e queria uma bala qualquer, o problema é que eu tinha acabado de voltar do dentista... Minha mãe obviamente não deixou... Eu fui lá e agilmente peguei a bala, mas cinco minutos depois de sair da loja, eu comecei a chorar arrependida achando que ia parar na cadeia, mas minha mãe só me fez devolver a bala e me deixou de castigo mesmo. – Ela explicou arrancando risadas minhas.

Mi Ojos Verdes - Camren -Where stories live. Discover now