Voltando para o acampamento.

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    Naquela quarta-feira de manhã,Izzy acorda e começa a fazer suas malas um pouco mais recuperada de todas aquelas dúvidas...Quer dizer as dúvidas ainda estavam lá,mas algo estava diferente,ela se sentia melhor por alguma razão estranhamente desconhecida por ela.

   A noite anterior passada na casa do pai foi para ela um dos melhores  "remédios" para a dor,principalmente pela saudade que ela sentia de ter momentos mais perto do pai.

   Desde quando Izzy fez 11 anos nada era mais como antes,seu pai estava mais focado do que nunca no trabalho e quase não tinha tempo para ela. O tempo que Izzy tinha com seu pai era normalmente nas refeições e na hora de fazer as lições de casa,quase nunca tinham conversando e tido aquele tempo todo com o Pai,como teve naqueles dois dias,principalmente na noite passada para ser mais exata.
Seu pai deu toda a atenção a Izzy,deixando até mesmo suas esculturas ainda não terminadas,seus textos,poemas e até aquela música antiga de fundo ele parou para escutar a filha.,qual era o nome daquela música mesmo?...

É...era aquela mesma música que Izzy escutava na sala de trabalho de seu pai todos os dias...
Com os mesmos trechos melodiosos,parecia ser um hino para seu pai. Todos os dias teria de ouvir aquela música nem que seja por um momento.Quer dizer,ele não ouve só está música,porém o seu dia começava e terminava com a mesma música de sempre.
Era uma música calma e bem sonora,se pode se dizer assim.

E de repente nos pensamentos de Izzy,começou aquela música ressoar em sua cabeça enquanto ela arrumava suas malas e olhava para todo o canto de seu quarto...

"Bem o sol certamente está se pondo
Mas a lua está surgindo lentamente Então este velho mundo ainda deve estar girando
E eu ainda amo você."

Começou Izzy,a cantarolar aquela música que tanto ela repugnava antes,mas se tornou num tanto um pouco "especial" pois até aquela música seu pai tinha deixado de escutar esses dois dias que foram tão especiais para Izzy.

"Então feche seus olhos
Você pode fechar seus olhos
E está tudo certo
Eu não sei nenhuma canção de amor
E eu não posso mais cantar o blues
Mas eu posso cantar esta canção
E você pode cantar esta canção quando eu for embora."

   Enquanto Izzy,cantarolava essa música sentindo como se fosse a trilha sonora de sua vida. Começou a rodopiar lentamente com sua roupa nas mãos,se jogou na cama e fechou os olhos e continuo...

"Não será tão longo quanto o outro dia
Nós vamos ter um bom tempo Ninguém vai nos tirar aquele tempo Você pode ficar o tempo que preferir."

   Izzy,ouvia a voz de James Taylor nos seus ouvidos como se estivesse cantando junto com ela,enquanto estava de olhos fechados e um sorriso bobo no rosto ela se lembrou de toda a diversão que passará com seu pai e com o Drew naqueles últimos dois dias.

"Então feche seus olhos
Você pode fechar seus olhos
E está tudo certo Eu não sei nenhuma canção de amor
E eu não posso mais cantar o blues
Mas eu posso cantar esta canção
E você pode cantar esta canção quando eu for embora..."

   Izzy,continuou cantarolando aquele trecho da música e repetindo quantas vezes fosse necessário para lhe trazer mais segurança.
Finalmente Izzy,se levanta,abre seus olhos e termina sua mala.
Izzy,olha para seu quarto e pensa em deixar uma mensagem para ela mesma quando voltar a visitar seu pai ou talvez até quando ela for voltar a morar definitivamente com seu pai novamente...
e então ela pegou um papel e escreve:

"Quando você estiver abatida e com problemas E precisar de uma mão para ajudar E nada, nada estiver dando certo, Feche seus olhos e pense em mim E logo eu estarei aí Para iluminar até mesmo suas noites mais sombrias."

Era um texto simples,de uma música do James Taylor que ela quase tinha se esquecido,porém lembra sempre com tanta felicidade desta música,de tempos felizes quando seu pai cantava antes de dormir uma música para a pequena Izzy,e uma de suas preferidas era essa,porque no fundo Izzy sabia que seu melhor amigo sempre seria seu pai.
Seu pai sempre foi seu conselheiro,e por mais que as vezes não tivesse tido tanto tempo como ela desejava passar com seu pai.,porém ele sempre esteve lá quando ela precisou e nunca negou  a sua filha de se expressar quando estava feliz,triste ou até mesmo zangada.

E esse sempre foi e será seu maior aprendizado com seu pai.

Izzy,foi saindo devagar de seu quarto enquanto já se despede de suas coisas e se lembra "sua onça albina deve estar a sua espera no acampamento!" isso dá um gás a mais na garota para descer as escadas com um grande sorriso no rosto.

   Com um abraço a pequena Izzy se despede do seu pai e vai embora voltando para o acampamento meio sangue.

The Daughter Of LoveWhere stories live. Discover now