Capítulo 4 - Como assim grávida!?

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Um mês tinha se passado desde o meu quase acordo com Anthony e surpreendentemente (ou não) nesse meio tempo eu consegui me afundar mais nas minhas dívidas, por que eu não havia conseguido um emprego e isso já estava me preocupando mesmo, afinal eu tinha usado todo o dinheiro que tinha no banco para pagar os alugueis que agora até estavam em dia, mas eu não fazia ideia de como pagaria o próximo.

- Você vai dar um jeito - Helena disse sorrindo enquanto fazia um café em minha cozinha.

- Como você espera que eu faça isso, em Lena? Se eu nem tenho um emprego?

Ela suspirou.

- Eu não sei, OK? Mas você vai dar um jeito. Eu e o Miguel poderíamos te ajudar, mas com a coisa toda casamento fica difícil.

- Eu não aceitaria nem se vocês pudessem. Esse é um problema meu e sou eu quem vai resolvê-lo. E você poderia, por favor, parar de mexer com essa coisa fedida?

- Novidade seria se você aceitasse ajuda. E como assim coisa fedida? Está falando do café? - perguntou e eu assenti fazendo careta, o cheiro estava insuportável. - Achei que você gostasse.

- Pois não gosto mais - disse fazendo careta e ela riu.

Quem a via assim rindo não imagina a cara de surpresa que fez quando contei o que tinha acontecido. Lena pareceu que ia me matar e Miguel quase me matou mesmo, parecia que éramos adolescentes outra vez e ele estava me dando uma bronca. E vendo agora, a ideia de ter um filho de um estranho é realmente muito louca, só eu mesmo pra cogitar uma coisa assim. Eu não ia contar nada para os dois e simplesmente fingir que o final de semana em que eles estiveram fora nem se quer existiu, mas é claro que o universo não concordou com isso, por que mesmo sem querer o porteiro do nosso prédio me dedurou quando perguntou na maior simpatia se "Aquele cara de terno e carro chique é seu namorado?", eu até tentei fingir que não era comigo, mas não deu e eu tive que contar quem era o "Cara de terno e carro chique" e o que ele tinha vindo fazer aqui. Mas como eu provavelmente nunca mais ia ver o Anthony outra vez não tinha problema contar ao meu irmão mais velho emprestado e ciumento quem ele era.

- Você precisa mesmo fazer isso aqui? - perguntei a Lena quando o cheiro do café ficou tão insuportável ao ponto de me tirar dos meus pensamentos.

- Foi você quem me pediu para fazê-lo aqui por que queria um pouco - ela acusou e eu fiz uma careta. OK, talvez eu realmente tenha lhe pedido isso, mas já tinha mudado de ideia.

Abri a boca para responder, mas a fechei e corri para o banheiro assim que senti o que viria a seguir. Quando cheguei ao menor cômodo da casa, me debrucei sobre o vaso sanitário e depositei ali tudo o que tinha comido até agora e dado o fato de já passava do meio dia não era muita coisa.

Lena me alcançou quando eu levantei para lavar a boca.

- De novo Lisa? - ela perguntou preocupada enquanto eu escovava os dentes para tirar o gosto ruim da boca. - Essa já é o que? A terceira? Quarta vez essa semana? Você já foi ao médico?

- Eu bem Lena - garanti fazendo careta e a morena revirou os olhos.

- É obvio que você não está bem - ela disse séria. - E então, você foi ao médico?

- Tenho certeza que é só uma virose.

- Uma virose que te fez vomitar o bolo de chocolate que você comeu quase todo sozinha? Isso não existe Lisa. Você tem que ir ao médico, pode ser sério.

- Eu bem - voltei a repetir me apoiando no espelho acima da pia depois de uma tontura e derrubando umas coisas de dentro do armário no processo.

Contrato de Amor ✓Where stories live. Discover now