Capítulo 17: Súplica de amor

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Palavras desnecessárias, perdem-se no tempo,

Mais um dia, um novo tormento,

Grades espessas de medo me aguardam,

Tudo sabem, tudo guardam.

Anjos guiam-me pela luz,

Demônios fingem que conduzem,

Despertando a curiosidade adormecida.

Movida pela coragem,

Mergulho no rio de lembranças,

Lembranças doces como o mel,

Quem dera fosse como a Rapunzel.

Belas madeixas, infinitas possibilidades,

Trancafiado em uma torre de eternidade,

A noite vem, silenciosa.

Infância saudosa, que não retorna mais,

Leve-me comigo nas águas do tempo,

Só mais uma vez, uma vez mais.

Deixe-me saborear este gosto agridoce,

Uma gota, por uma gota que fosse,

Desejo provar o mel do teu abraço,

Inebriado pelo cansaço.

Leve-me, leve-me agora,

Talvez não seja mais o mesmo de outrora,

Ainda assim sou carente, carente de ti.

Peço que tenhas amor por mim.

Meu pedido singelo é demasiado,

Encontro-me solitário, desarmado,

Sinta-se à vontade para amar-me mais um bocado.

Gotas serenas: o despertar da almaWhere stories live. Discover now