Fiz promessas a mim mesma,
Por muito, fui incapaz de realizá-las,
Entreguei ao fado da preguiça,
Buscando uma forma de me enganar.
Cansei de desculpas escusas,
Resolvi fazer eu mesma progressos,
Cansei também de regressos.
Regresso a um tempo que já foi meu,
Tu, tempo, não cumpriste o que prometeu,
Prometeste-me a felicidade eterna,
Ao contrário, me apresenta-te uma caverna.
A caverna mitológica com os males humanos,
Manchaste este solo com rituais profanos,
Tenha vergonha, Tempo, vergonha de si mesmo.
És agora, despido de qualquer segredo,
Sempre enganas a morte com travessuras,
Infelizmente carrega consigo imensa amargura.
Amargura que sempre te espera no leito,
Leito de momentos oportunos,
Abandono de objetivos, te cansaste do mundo,
Entregue nos braços da eternidade.
Velhice não é sinônimo de maturidade,
Tu andas par a par com a realidade,
Mergulhe na eternidade, sorrindo à felicidade.
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Gotas serenas: o despertar da alma
PoetryUm compilado de emoções, transformados em versos, para que possas apreciar as sensações de amor, esperança e abandono que podes sentir e sofrer. A obra traz sentimentos em cada verso, de modo que o leitor possa senti-los, à flor da pele.