Crônicas de Inverno

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A alma se transforma,

No ciclo ilusório da transição,

Faz dobraduras de poliamor,

Vivencia mantras profanos,

Sua leveza sensual, 

Exala o misticismo e horror,

Quando descobre segredos arcanos,


Rogo aos ventos,

Que a leve longe da dor,

E corrija o seu darma, 

E no fervor da oração,

Sente na boca o sabor,

Amargo de sangue,

Cobrindo o assoalho da língua,


Nesta noite calma,

Desfecho da estação invernal,

Meu gélido espírito sabe de cor,

Já envelheceu o dragão, 

Por todos esses anos,

Guardei o meu vinho principal,

No fundo do meu coração,


Festivo e retumbante,

Sirvo a vida em celebração, 

O fogo dos deuses dá o calor,

Aos seres humanos,

Então luz e sombra formam um casal,

Num misto de clareza e torpor,

Quando cai o pano.

Poesia WeirdOnde as histórias ganham vida. Descobre agora