Lagarto de Fogo

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Golpeado na boca,

Por uma rajada estanque, 

Quase lhe paralisou a face,

E rasgou  a pele que a reveste,


Surpreendeu-se  com o beijo inflamado,

Feito um lagarto do agreste,

Sumiu envolto na cabeleira farta,

Enfiou o dedo entre as mechas,


Arrancando as roupas com sofreguidão,

Em flagrante devassidão,

Assumiu ser o que não era, 

Por que o amor não espera,

Até que se desfaça, 


E o round terminou empatado,

Mas no amor saiu derrotado,

Jamais esquecera quem o levou a lona,

Quando vê nas fotos,

Marcas de batom e de hematomas.




Poesia WeirdOnde as histórias ganham vida. Descobre agora