Morte sorrateira que sorri pelas costas,
Frio nas entranhas que deseja minha alma,
Baila na escuridão funesta,
Habita silenciosa na minha calma,
Palmilha pela viela angusta,
Trajado da brisa estilizada,
Que sussurra aos ouvidos como uma velha astuta,
Sopra invisível, languida, gelada,
Outrora, se a fatalidade é o que me resta,
E a aventura da vida é cousa passada,
Desenha a curva do medo na minha palma,
Desiste dessa sina desgraçada.
YOU ARE READING
Giramondo
PoetryPoemas feitos por um autor no auge de sua juventude, quando decidiu se aventurar pelo mundo e dedicar sua vida a Literatura e o Misticismo. Construindo uma ponte entre esses dois temas, chegou através de experiências a uma obra satisfatória. ...