Sarau Delirante

4 0 0
                                    


Os coreutas cantam serestas no escuro,

Com um sentimentalismo a flor da pele,

Cabeças decapitadas em cima do muro,

Rasgando canções tétricas de uma orquestra reles,


Sou o paraninfo dos malditos,

Fazendo mimetismo no seio do inferno,

Entre arquétipos tão esquisitos,

Adentrando um Salão de ranço e ódio eterno,


O verniz da noite instigou o poeta,

Que vive amordaçado em mim,

Elucubrando-se feito um atleta,


No meia-noite nunca fui assim,

Vesti-me do noir mais puro,

Vendi minha vida por um copo de gim.


GiramondoМесто, где живут истории. Откройте их для себя