Alvorada

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Atravesso as linhas do inconsciente,

Que soam como teclas do piano,

Dos meus poros emanam o prazer,

Enigma da vida real,

À luz da manhã,

Começa minha romaria contra o caos,

Tiro de dentro de mim a verve,

Último trunfo do corpo vivo,

Esparsos, multiétnicos,

Todos ziguezagueiam para o terminal,

Decifro as direções do dia,

E lamento o que não posso fazer,

Areias caem na ampulheta,

Numa cidade que parece implodir,

Fazem cartazes sobre o Apocalipse,

Esculpo-me e insisto,

Quero ser imortal.

GiramondoWhere stories live. Discover now