Animais Raros

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Nossa nudez selvagem,

Semioculta num quarto de Motel,

Confesso que o meu medo se findou,

Ao me cobrir com seus cabelos,


Tal qual espécimes de forma esguia,

Com sua estranha ideia de pansofia,

Exalavamos libido pelos poros,

Despertando um desejo velho, antigo,


Animais raros, reunidos num belo par,

Exibidos na cama fazendo amor,

Teu seio era mel e ambrosia,


Clamor, profanação e meu abrigo,

Absinto, afrodisíaco e anestésico da flor,

Até o sussurro invisível nos ouvidos.



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