✿ eight ✿

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Annabeth estava tão confiante quanto Noah costumava estar, ao tentar contato com a Morris

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Annabeth estava tão confiante quanto Noah costumava estar, ao tentar contato com a Morris. A única diferença é que a garota tinha a certeza absoluta de que não seria maltratada por ela.

Henrietta havia sentado sozinha com sua irmã na hora do almoço, não no refeitório e sim nas mesas que haviam do lado de fora da escola. Àquela altura, todos já pensavam que ela era um pouco antissocial.

— Olá. — Annabeth sorriu. Ao contrário do que estava preparada para escutar, ela recebeu um sorriso simpático como resposta.

Um sorriso que Ruel Van Dijk morreria de inveja por não poder ver pessoalmente.

— Olá. — A garotinha menor respondeu, Henrietta logo fez o mesmo.

— Posso me sentar aqui?

— É claro. — A de olhos azuis assentiu, garotas seriam sempre bem-vindas em sua mesa.

— Vocês são novas aqui, certo? De onde vieram? — Annabeth introduziu o assunto, mesmo temendo que acabasse ignorada.

— California. — Harmony respondeu, ela percebia que a irmã não estava muito bem humorada naquele dia.

— Uh, mesmo? O nosso amigo Noah também é de lá! — A garota sorriu animada, primeiro ponto em comum.

— Agora eu entendi porquê não gostei dele! Os Californianos são muito babacas. — Henrietta deu de ombros, enquanto mordia um sanduíche natural.

— Ah. — Annabeth forçou um sorriso, primeira bola fora. — Eu também não gostava muito dele no começo mas ele se mostrou ser uma pessoa muito legal.

— Impossível.

— Bem, eu reparei que você tem uma personalidade muito forte! E eu admiro isso. — A loira sorriu amigável, torcendo para que a Morris não encarasse aquilo como algum tipo de ofensa. — Você é feminista? Digo, você está sempre defendendo as mulheres e...odiando os homens.

— Feminismo não é sobre odiar homens, eu faço porque gosto. — Henrietta deu de ombros. — Mas eu realmente sou, todas as mulheres deveriam ser! Não acha?

— Concordo totalmente. — Annabeth assentiu, recebendo um sorriso amigável outra vez.

— Gostei de você! Muito diferente dos garotos do seu grupo.

— Obrigada! Annabeth Campbell. — Ela sorriu, estendendo a mão que foi apertada pela outra.

— Henrietta Morris! E minha irmã, Harmony.

— É um prazer conhecer vocês! Bem, tem uns lugares muito legais na cidade que eu adoraria mostrar para vocês, o que acham de sair com a gente qualquer dia desses? — Bastou Annabeth terminar a frase, que Henrietta a encarou desconfiada.

— A gente?

— Eu, Eva, Noah, Ruel... — Ela sorriu, sentia que estava prestes a receber um não e a estragar todo aquele clima.

— O bonitinho sem noção e o senhor ego inflado! Ótima companhias. — A de olhos azuis riu irônica, porém não havia grosseria em seu tom de voz. — Mas eu iria por você e pela outra garota.

"Você não iria por ela se a conhecesse melhor." Annabeth quase riu, enquanto pensava na loira dos olhos azuis.

— Então isso foi um sim? — Perguntou esperançosa, era muito difícil desvendar o que Henrietta pensava ou sentia.

— Acho que não me sinto confortável para sair pela cidade tão cedo! Mas obrigada pelo convite.

— E para uma tarde de jogos e comidas gordurosas? Nos reunimos na casa do Noah todos os dias para jogar e matar um tempo. — Annabeth insistiu. Henrietta não sabia se ela queria muito ser sua amiga ou estava a mando de alguém.

— Na casa do Noah?

— Eu prometo que vou ficar do seu lado o tempo todo e você pode ir embora quando quiser! — Annabeth explicou mas a de olhos azuis ainda não parecia convencida. — Pode levar a sua irmã também, fiquei sabendo que ela e o Ruel são amigos agora.

— Eles não são amigos, só conversaram algumas vezes. — Henrietta deu de ombros, não gostava daquela proximidade entre ele e sua irmã. — E tudo bem, nós iremos.

— Ótimo! — Annabeth sorriu animada, havia conseguido o que tanto queria. — Vocês podem ir com a gente, depois da aula.

— Eu prefiro passar em casa antes, eu só preciso que me mande o endereço.

— É claro! Prometo que vai ser incrível, você não vai se arrepender. — Annabeth sorriu.

Porém Henrietta possuía um sexto sentido e ela sabia, que iria se arrepender amargamente mais tarde.

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