✿ seventeen ✿

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Ruel estava ofegante, após parar em frente à casa cinza com uma garrafa de vinho em mãos

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Ruel estava ofegante, após parar em frente à casa cinza com uma garrafa de vinho em mãos. Ele não estava completamente bêbado porém o suficiente para tomar coragem e ir até a casa dela.

A princípio acreditou que não havia ninguém em casa mas Harmony reparou na presença dele e então abriu a porta, para que ele conversasse com a irmã.

— É engraçado como eu devo a minha vida toda a uma garota de dez anos. — Ele brincou, Harmony sorriu simpática.

— Senti sua falta! E por favor me dê isso aí, minha irmã não gosta de bebida alcoólica. — Ela tirou a garrafa de vinho das mãos do maior, a levando para a cozinha.

— Como você pode ser tão inteligente, Harmony?

— Eu tive que ser a irmã mais velha da Henrietta por um tempo, quando aquelas coisas ruins aconteceram. — Ela sorriu fraco, parecia triste por tocar no assunto. — E eu não vou te falar mais nada! Boa sorte com ela.

Ruel assentiu e então subiu as escadas, ainda no escuro. Sentiu borboletas em seu estômago enquanto subia cada um dos degraus, logo ele parou em frente à porta que já conhecia.

Bateu na porta algumas vezes e Henrietta autorizou a entrada, acreditando que era Harmony.

— Eu ainda não terminei o desenho dele, se quer mesmo saber. — A garota estava em frente à uma mesinha, iluminada apenas por um abajur.

Mas o seu sorriso se desfez assim que ela percebeu que não era sua irmã e sim o garoto. O garoto que ela estava pintando, antes que ele chegasse.

— Eu não sabia que você era uma artista.

— Como entrou aqui? — Henrietta pareceu nervosa, enquanto escondia todas as folhas no apoio embaixo da mesa. — Não precisa responder, Harmony.

Ela havia ficado um pouco irritada com a irmã afinal a mais nova sabia sobre literalmente tudo, inclusive que Henrietta não poderia ficar perto do Van Dijk.

— Você deveria ir embora, é sério.

— O seu namorado não gosta de mim, não é?

Tudo o que Henrietta mais queria, era poder dizer que Nicholas não era o seu namorado mas tinha medo das consequências que poderiam resultar daquilo.

— Você não me quer aqui mas eu não estou disposto a sair! Não importa o que você diga, Elizabeth Bennet. — Ele deu um sorriso fofo, enquanto tentava sustentar o seu corpo em pé.

— Eu não gosto de bêbados. — Ela cruzou os braços assim que se aproximou dele e sentiu o cheiro do álcool muito evidente.

— E eu gosto de você, Henrietta. — Ele sorriu, era muito fofo porém na hora errada. — Eu fiz uma música para você, quer ouvir?

— Não! Ruel, vai para casa. — Ela suspirou.

— Eu não entendo porquê você resolveu me cortar da sua vida mas você não faz ideia do quanto você me machucou! Não tem um maldito dia em que eu não pense em você, por que você me deixou dessa forma? — Ruel estava prestes a chorar, ela logo faria o mesmo se ele não parasse de dizer aquelas coisas. — Você não pode brincar comigo dessa forma.

— Você sempre soube que eu não era a pessoa certa para você. — Henrietta se afastou, caminhando em direção a janela.

— Engano seu. — Ele se aproximou, mesmo de costas ela conseguia sentir o calor do corpo dele próximo ao seu. — Eu na verdade sei que você é a pessoa certa para mim! É uma megera mas é a garota por quem eu me apaixonei.

Um sorriso cresceu no rosto da garota, que ao mesmo tempo estava chorando. Naquele momento não havia Eva e nem Nicholas, não havia fotos íntimas e nem uma reputação a ser destruída, haviam apenas Henrietta e Ruel.

Girou seu corpo com toda a delicadeza do mundo, erguendo seu olhar para encarar o rosto que ela tanto gostava.

Seus dedos contornavam cada detalhe dele e em seguida parou nas bochechas, que pareciam ainda mais vermelhas graças ao álcool circulando naquele corpo. Henrietta sorriu abertamente, pela primeira vez para ele.

Ruel não entendia os sentimentos dela mas sabia os seus, ele sabia que a amava e não desistiria dela tão facilmente.

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