DUSK AT DAWN¹ ━ peter parker. ✓

O32. thirty two

MAYA MITCHELL

Depois de conversar com Riley, andei até o banheiro eu estava apertada demais

Entrei em uma das cabines, abaixei minha calça junto da calcinha e fiz xixi. Ouvi a porta do banheiro sendo aberta e com certeza mais de uma pessoa havia entrado, me limpei e me ajeitei

— ele vai ser meu, vocês vão ver – ouvi Liz e dei descarga, sai da cabine e a olhei

— ele com certeza vai ser seu – respondi e lavei minhas mãos, as meninas saíram do banheiro

— ele sempre vai acreditar em mim Maya, eu sempre vou ser a favorita – me olhou dos pés a cabeça

— se você diz, vou discutir pra que né – dei de ombros e me virei pronta para sair do lugar, a garota segurou meu braço e me fez a olhar

— fica vendo Maya – ela deu um sorriso e começou a rasgar sua blusa

— você ta louca? Para com isso – falei um pouco alto

— socorro, alguém me ajuda – ela gritou e se jogou no chão dando tapas em si mesma e arranhando seu rosto

Quando dei por mim ja havia um monte de garotas no banheiro, olhei para trás e vi uma multidão

— para de ser louca garota, eu nem encostei em você – senti um braço esbarrando em mim e dei uma virada, vendo ele se abaixando

Senti mãos no braço e olhei para o lado, era Riley. Ele perguntou alguma coisa para ela que, ao responder gritou

O olhei

— você acha que eu bati nela? Se eu tivesse encostado teria ficado pior – ele me olhou — Você acha que eu bati nela Peter? – senti meus olhos lacrimejarem — não olha mais na minha cara, entendeu?

Disse e sai de lá, empurrando todo mundo que ficava no meio do caminho. Andei rápido até o campo de futebol

— calma Maya – ouvi a voz de Farkle

— tem como ficar calma? Ela se bateu, você tem noção do problema que isso vai dar pra mim, Farkle? – gritei, Shawn havia viajado, Adrian estava tentando me matar e agora Peter acredita que eu bati nela. Tinha muita coisa na minha cabeça, uma hora eu iria explodir

— pode gritar Maya, mas isso não vai resolver nada. A merda toda ja aconteceu – Lucas disse

— sério Lucas? Você jura que gritar não vai resolver nada – o olhei — a minha vida ta um caos, vocês não fazem idéia de tudo que ta acontecendo

— então conta, anda Maya temos todo o tempo do mundo – Ouvi a voz de MJ e me surpreendi, até ela estava ali

— eu não consigo mas guardar segredo, não de vocês dois. Viu? Era por isso que eu não gostava de fazer amigos novos, eu não me sinto bem escondendo isso – passei a mão nos meus cabelos

— se vai te fazer sentir melhor, conta – Ned falou

— eu tenho poderes, shawn ta longe e meu pai ta tentando me matar – soltei de uma vez

— todo mundo tem azar em alguma coisa, você veio com um pai ruim – Ned disse e eu suspirei feliz em só terem focado nessa parte

— é, tentou me jogar de um prédio. Achei inovador – brinquei

— Maya Mitchell, por favor se dirija a sala do diretor – ouvi e respirei fundo

— vou ser expulsa, todo dia uma menina diferente falando que eu bati nela – andei até a diretoria, pensando na explicação que teria que fazer o diretor acreditar em mim

— Maya a gente pode conversar? – passei reto sem dar atenção alguma para o garoto — sério isso? fala comigo por favor.

— Você acreditou nela, eu nunca faria isso e pensei que você soubesse, mas você não me conhece Peter, não sabe nada sobre mim. – bati na porta do diretor e entrei

— Maya, como você me explica isso – apontou para Liz

— e vai adiantar explicar alguma coisa? Você vai acreditar nela, ela tem dinheiro e vem de uma boa família, eu sou apenas eu. – disse

— ela me atacou diretor, tudo por causa de um garoto – ela disse forçando o choro

— eu não fiz isso, eu não tenho coragem de agredir uma mosca, quem dirá isso aí que vocês chamam de gente

— fez sim, olha o meu estado – ela abriu os braços

— fala que foi você Liz, você se atacou pra me prejudicar, admite – disse me aproximando dela e a olhando nos olhos

— não fui eu – ela disse com lágrimas escorrendo

— admite, eu não posso me ferrar por uma criancice sua – a olhei, mexendo com sua mente e a fazendo soltar a verdade

— tabom, fui eu. Fiquei com raiva dela por estar com o Peter que não pensei nas minhas atitudes e nem nas consequências delas – disse

— Maya, se retire da sala e me perdoe – ouvi o diretor

— eu disse que eu não tinha feito nada, agora faz um favor, pega seu microfone e fala que a culpa não é minha. Eu nao quero olhares com ódio em cima de mim – pedi educadamente e sai da sala

Respirei fundo, em alguns segundos a voz do diretor já era presente em toda a escola

— Queridos alunos que presenciaram o pequeno ocorrido de hoje, venho informar que Maya Mitchell não tem culpa nenhuma nisso e espero que seus olhares e suas bocas parem de espalhar mentiras. – suspirei aliviada e fui até o meu armário

Peguei minhas coisas e logo o sinal da última aula havia tocado e os corredores ficaram cheios, sai da escola o mais rápido possível

Fui para casa andando, queria ficar sozinha e de metrô isso nao seria possível

Senti uma coisa na minha cintura e logo meu corpo sendo puxado para cima, segurei minhas coisas com força já sabendo quem era

— eu ja falei que não quero papo, sera que tem como me deixar em paz – me afastei do seu corpo, ajeitei minha mochila nas costas e procurei a escada de emergência com os olhos

— eu não acreditei nela Maya, so que devido as circunstâncias quem precisava de ajuda, era ela – disse tentando se aproximar

— sim, ele precisava de ajuda porque como sou um monstro deixei ela machucada demais – andei em direção a escada

— me perdoa, por favor.

— Maya, devido as circunstâncias eu perdoaria ele, está molhando a máscara com as lágrimas – ouvi uma voz robótica

— tanto faz – desci as escadas rápido sem olhar para trás e voltei ao meu caminho

Será que no fim eu estava sendo uma criança? A Liz realmente estava machucada.

Respirei fundo e coloquei meus fones de ouvido, deixando no modo aleatório, que por sua vez só acabava comigo.

Grande dia, Maya.