Capítulo 19 - Reconciliada 🗡️👑

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Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo

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Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.
2Coríntios 5:17 ARC


Uma estranha força invadiu o corpo daquela que jazia como morta em sua cama, tocou em seu peito em busca do ferimento que havia causado sua morte, mais nada encontrou à não ser uma pequena cicatriz que não há incomodava em nada. Então levantou-se sendo guiada por vozes alegres que provinham do salão principal.

Antes de ir, olhou para o espelho e espantou-se ao perceber que suas feições já não eram as mesmas, havia um certo brilho diferente e uma certeza no olhar que a fez se perguntar quem era aquela que a encarava de volta.

Andou e percebeu que seus passos também não costumavam ser assim, já não eram incertos e sim confiantes, como se algo ou alguém que não pudesse ver estivesse a guiando ou puxando-a para a frente.

E foi assim, com esse sentimento de estranheza que Eklesia desceu as escadas até seus olhos pousarem em alguém, alguém com um sorriso radiante nos lábios, alguém que não esperou que a mesma terminasse seu trajeto e correu para abraça-lá.

Paráclito! Seu amado e doce cuidador.

- Como esperei até vê-la acordada! Oh Eklesia.. - Lágrimas de alegria irromperam o ambiente, e assim permaneceram até ouvirem uma pigarreio nada discreto.

Era Miguel, que mesmo com toda a sua pose de guerreiro bem preparado não pode deixar de sorrir em alegria e abraçar aquela que também vira crescer.

Após toda a troca de afeto, os três foram até a mesa farta que já estava preparada, comeram até se fartar do pão especial que Emanuel mandará para sua noiva em claro sinal que o compromisso ainda estava em pé. Quando viu isso, Eklesia não pode deixar de se emocionar sentindo seu peito inflar-se de um amor tão calmo e acalentador que a fez suspirar em contentamento. Já não existia culpa, ele a perdoara, sentia isso, na verdade sentia muitas coisas diferentes dentro de si.

- Meu Tio, amigo Miguel...- Pronunciou-se após algum tempo. -Preciso dizer-lhes o quão grata sou por tê-los aqui, junto a mim! Por um momento achei impossível, mais agora sei que não existe nada que não seja possível em se tratar de Papai, sinto não tê-lo aqui, mais sei que Ele virá, assim como Emanuel, existe essa sensação em meu peito desde que acordei!

- Essa sensação chama-se esperança! - Respondeu Paráclito. - Sabe, esperança que se vê não é esperança porque o que alguém vê como o esperará? Mais naquilo que não vemos porém esperamos...

- Séria isso fé jovem Eklesia. - Completa Miguel. - Fé é a certeza daquilo que não se vê mais ainda assim se espera, ela é arma mais eficaz de um valente! Por fé vários homens e mulheres foram bem sucedidos em grandes batalhas! Porque não citar Abel um dos primeiros habitantes de Terreno, pela fé fez o melhor sacrifício obtendo assim a cidadania de Celestial! Pela fé também Enoque escapou da morte sendo assim chamado imediatamente em mais alta honra para a presença do grande Rei! Pela fé também Noé salvou não só a si mesmo como toda a sua família, pela fé Abraão seguiu a voz de seu Rei saindo para uma terra estranha e longínqua confiando na promessa que receberá!

- Claro Miguel! Porque também não citar Moisés, Raabe, Gideão ou Baraque!? E Sansão então! Existe muitos outros guerreiros que venceram pela fé! - Respondeu Paráclito sobre os olhos atentos da sobrinha.

- Gostaria de ouvir mais sobre essas histórias! Imaginar que esses homens e mulheres venceram pela Fé, algo que eu mesma só descobri a pouco tempo me faz querer senti-lá cada vez mais forte em meu peito! - Ficou então em pé enquanto olhava com firmeza para os dois homens a sua frente. - Eu reconheço que agi de maneira muito leviana, me arrependo por isso mais ainda assim tudo isso serviu para que dentro de mim crescesse uma certa força e coragem para acabar de uma vez por todas com Helel, libertar aqueles pobres homens que se encontram cegos acreditando nas mentiras que lhes são contadas. Passei algum tempo na casa de Graça e Evangelho e suas palavras ecoam em minha mente e em meu coração, preciso voltar lá para fora mais não só por mim e meu desejo de vingança, mais por eles! Eles meu tio!

- Ah Graça e Evangelho! Meus bons e leais amigos, sabia que seriam por eles que você seria acolhida e posta de volta ao caminho! Eles lhe mostraram sua ceará?

- Sim... Aliás pretendo ajuda-los com a colheita e pedir para que Papai me ajude a recrutar trabalhadores bem preparados! E porque não procurá-los lá fora!? - Suas palavras surtiram o efeito naqueles dois homens que sorriram acreditando que sim, chegará a hora, ela só precisava pedir. - Tio... Quero que me ensine a guerrear e andar por fé! Quero que me ensine a lutar Miguel!

- Porque só ensinar se também posso mostrar!? - Olhou de relance para Miguel e seguiu para fora do palácio sendo seguido por ambos.

- Aonde vamos? - Perguntou estranhando a reação de seu tio, sendo respondida pelo general que seguia com um sorriso no rosto.

- Vamos ao ARSENAl! Precisa ver algumas coisas...

Quando finalmente pararam em frente a uma grande sala, Eklesia se perguntou como nunca havia visto esse lugar antes, mais logo entendeu que seria impossível enxergar aquilo que nunca lhe trouxe nenhum interesse, afinal se encontrava muito ocupada reclamando e olhando apenas para si mesma até pouco tempo atrás.

O lugar era repleto de grandes armas como lanças, fundas e diversas espadas sendo que uma chamou logo sua atenção pois se destacava das demais em tamanho e imponência, havia também vários utensílios de proteção como escudos, capacetes, couraças e até mesmo sandálias.
A jovem ainda se encontrava admirada quando Paráclito se pronunciou.

- Todas essas armas pertence a seu Pai, mais essa espada... - Parou em frente aquela que se destacava das demais. - Essa espada é minha... Mais afiada do que qualquer outra de dois gumes, penetra até o mais profunda da alma, fere quem tem que ferir e sara quem tem que sarar! Não existe e nem vai existir nada igual a ela.

Miguel foi até onde ele estava com um olhar solene de profunda admiração, e ao mirar Eklesia fez a pergunta decisiva para todos ali presente.

- Lúcius pretende contra-atacar, está disposta a entrar na batalha? Saiba que uma vez que entramos só existe duas maneiras de se sair dela... Quando enfim for chamada para seu verdadeiro lar, ou aprisionada por Lúcius Helel!

- É... Isso é uma verdade minha sobrinha. - Paráclito larga a espada e vai até a jovem com um olhar sério. - Muitos estão saindo para a guerra maus preparados, culpam a falta de proteção de Theo como Rei, quando na verdade o problema está neles e em sua falta de preparo. Nunca lhes foi negado nenhum tipo de armamento, mais este é usado sem o preparo e quando isso acontece sobe ao coração do homem uma falsa confiança de vitória oque no final acaba por sendo sua ruína.

Ali parada ouvindo tudo oque lhe era dito Eklesia pensava em como gostaria de lutar mais temia ser fraca demais ou em falhar ao se preparar, por isso ponderou muito em sua resposta pois crescerá ouvindo seu pai dizer que maldito seria aquele que entrava em uma batalha e depois voltava para trás. Por fim acabou decidindo que sim, não teria oque temer enquanto estivesse aos cuidados e proteção do próprio Rei que orgulhosamente chamava de Pai.

- Sim! - Respondeu decidida ganhando um sorriso em troca tanto de Miguel como do tio. - Eu vou lutar!

- Ótimo! Porque agora lhe mostrei a finalidade de cada arma e equipamento aqui presente.

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A filha do Rei está chegando ao fim😭😭 Na verdade falta menos de cinco capítulos para acabar!

Bem gente, como alguns já sabem minha esperiência como escritora tem sido boa enquanto está durando, mais desde que comecei as postagens fiz um propósito com Deus que seria meu último livro no wattpad, sei que Ele pode ter outros planos para mim, mais por enquanto essa certeza continua firme em meu coração 🙌♥️😭

Muito, muito obrigada a cada um de vocês que se propôs a embarcar nessa história comigo, sou e sempre serei grata ♥️♥️

Eclesia Where stories live. Discover now