A Noite Secreta de E-Ming e RuoYe [HOB]

Extra 4: A noite de Fang Xin no Distrito Vermelho (last part)

Dois estranhos conhecidos colidem como duas estrelas solitárias

[Última parte]

Huang Ho já havia presenciado o rito amoroso entre seus mestres.

Ele lembrava de um em especial, porque estavam ao ar livre no platô, foi logo depois de seu primeiro duelo com Fang Xin.

Jun Wu havia feito as duas espadas voarem no ar e caírem em lados opostos, num golpe de mestre. Os consortes haviam discutido, mas não tardaram a se resolver. Fazendo as pazes, bem como o sexo debaixo da chuva.¹

Mas, presenciar seus mestres fazendo amor era diferente de praticar o ato com Fang Xin.

Quando foi abraçado com força e amorosidade por Fang Xin e o ouviu dizer que não queria ir rápido demais, o seu próprio coração bateu tão desordenado que embora Huang Ho estivesse sendo consumido por um ávido desejo, seu espírito teve vontade de se esconder nos recônditos daquela abraço.

De certo forma... Como não ir rápido demais? Até seu coração palpitava desesperado.

- Mas, Fang Xin... Eu só sei fazer rápido.

Huang Ho soou meio emburrado mesmo que não quisesse, seu rosto se erguendo antes preso naquele abraço, seus olhos buscando Fang Xin.

- Errado, seu moleque adorável... Você não sabe fazer.

Não é que Fang Xin o dissesse por mal, sua voz soou até num ênfase carinhoso.

No entanto, para Huang Ho parecia uma crítica ruim, um golpe na face.

Por que Fang Xin não podia ser gentil? Era sua primeira noite como humano e sua alma por anos presa numa espada de cultivo, ardia tal qual a pressa indômita do fogo.

Sua reação explosiva diante daquelas palavras foi fechar um dos punhos e acertar o peito de Fang Xin com ele... Mas, não era isso mesmo que um moleque que não sabe nada faria?

- Em vez de ficar bravo... - Fang Xin disse sem se enervar, ignorando o soco. - Deixe-me dizer algo sobre você...

Esse tom solene e cúmplice fez Huang Ho trincar a mandíbula, os olhos ariscos fixos e desconfiados na face de Fang Xin, que prosseguiu desamarrando a faixa que prendia as vestes do rapaz.

- Em primeiro... Você tem a destreza, mas não habilidade para utilizar todo o seu potencial...

E pouco antes de prosseguir, Fang Xin desamarrou o cadarço que prendia as calças de Huang Ho na cintura e a peça afrouxou, fazendo menção de descer por seu corpo.

- E em segundo... Com certeza tem coração, mas não a força necessário para segui-lo².

- Não diga isso... - Huang Ho admoestou, quase num rosnado. - Eu segui meu coração essa noite, sempre sigo o mestre Shui e meu próprio coração.

Fang Xin sorriu ameno, talvez a última parte sobre o coração se encaixasse melhor no que dizia respeito ao seu próprio mestre... Ainda assim, ele tinha dúvidas se Huang Ho entendia o próprio coração, se o escutava realmente.

Ouvindo aquele protesto, quase escapando num rosnado, Fang Xin desamarrou a faixa adornada com um viés de cetim que prendia seu robe escuro e segurando Huang Ho pela cintura, agachou-se, numa descida com seu olhar observando o corpo dele à sua frente.

Num puxão leve, a calça azul índigo desceu pelas pernas longas e bem torneadas e Fang Xin mordiscou algo provocante o nítido início de ereção fazendo volume na roupa íntima.