Aterrorizado com os novos tempos
Catástrofes disfarçadas de grandes eventos
O dinheiro é o único elemento
Que destrói de Norte a sul
O paraíso azul
Enquanto eles faturam com seu sofrimento
Já planejam o próximo movimento
Não deixam você se recuperar do baque
É ataque atrás de ataque
Chegando perto do xequemate
Vivemos iludidos com lindos dias no parque
Com novas informações de Marte
E cadáveres jogados por toda parte
A guerra, o que você define como guerra?
Jogar uma bomba atômica e dizimar uma cidade
Atirar no seu irmão por maldade
Ou viver como ratos enjaulados maltratando e sendo maltratado?
Aquela conversa de ser educado
De sermos todo civilizados
Não funciona para quem tá sem comida no prato
Todo dia um diário parto
Quem consegue aguentar isso e não ficar farto?
A guerra é diária
Ser humano contra ser humano
A meta é ver quem consegue ser mais desumano
Tem os peritos no ramo
Que continuam caçando
E destruindo futuros planos
De infelizes desestruturados
Quanto mais você luta
Mais você reluta
Falam que você é cheio de desculpa
Mas ninguém se preocupa
Com a posição social que você ocupa
Mares de sangue já varreram nosso mundo
Que se transformou em um inferno profundo
Quando você vê que isso tudo
Acabará em luto
Talvez você entenda
Que se fazer o jogo deles
Você será uma marionete iguais a eles
Procure saber
Faça seus intelectuais deveres
Não viva por interesses
Viva com honra
Tudo isso que nós merecemos
Mas acabamos cedendo
E o ódio desenfreado
Cega nossa ser ordinário
E continuamos sendo só massa de manobra
Não mãos de seres abomináveis
Até quanto chegará a conta de cadáveres?
Pra você perceber que a verdade que te liberta
Nesse mundo te condena
Fale muito e você sai de cena
É uma pena
Esses são os truques do sistema
Pra te manter preso no dilema
De ser tratado como lesma
De ficar sendo iludido por cerveja e igreja
Sem ter nenhuma certeza
Apenas a frieza de ver sua vida passar
E não tentar nada mudar
É assim que eles querem
É assim que o povo perece
Mas a memória é fraca e o próprio povo esquece
Só muda o cenário
Somos parte do espetáculo
Do genocídio estrutural
Que acaba com nosso emocional
Te joga no desastre abissal
E fazem você pensar que é o tal
Vendido ao mundo anormal
Somos os filhos do mal
Correndo atrás do capital
Nosso semelhante, nosso rival
Até onde irá o emburrecimento cultural?
Que transforma todos os humanos
Em apenas números de estatísticas
Cada dia que passa somos mais parasitas, mais individualistas, mais egoístas
Não dá pra mencionar o tanto de itas
Daria pra fazer uma lista
Algumas coisas que acontecem nos paraísos tropicais
Que todo mundo sabe e ninguém nada faz
Parece até que
A promiscuidade é permitida
Pornografia ao vivo é transmitida
A prostituição infantil é permitida
A distribuição de armas é permitida
E os direitos humanos protegem homicidas
Os donos do mundo sempre te inutilizam
Você soa, sofre e perde a corrida
E você ora e se vê pessimista
O contrato te hipnotiza
A fama te convida
Você se torna uma fera possuída
Pronta pare ser usada e depois sacrificada
Quando você é obrigado a fazer o que não precisa
Todo o mal é feito por trás das cortinas
O mundo realista
É o que fazem você acreditar assistindo histórias de fantasia
Que o bem sempre vence o mal
Mas na real
Não é isso que acontece afinal.
E quando você fala contra toda essa investida
Só há uma coisa que lhe convida
A morte te acena e de nada mais você duvida
Porque desde que nascemos e caímos nesse antro pecaminoso
O destino já era imposto
De que somos apenas bichos de esgotos
Lutando uns contra os outros....
Enfim, enquanto você é humilhado e tratado como um derrotado
Gastam bilhões para aumentarem seu arsenal para se manterem armados
Amados ou odiados
Seremos para sempre os filhos do pecado..
By: Gabriel Barbosa
