Me encontrei perdido
A loucura me pegou
A demência foi só mais um motivo
Para eu ser meu próprio inimigo
Um ser dividido
Um lado esquisito
E outro proativo
No momento decisivo
Cai no abismo
Me perdi nos devaneios da solidão
Sem conseguir andar
Sem chão
Uma música sem refrão
Caminhando no meio da podridão
Uma luz que se apaga
Uma voz que não fala
No fundo se vê a farsa
De um ser de desgraça
Que procurou a graça
E aí encontrou falácia
Não existem palavras
Não existem atitudes
Encontrou a plenitude
No auge da inconsciência
No subconsciente
Vemos o conhecimento
O maior absorvente
Que suga toda ideia corrente
Viemos para cá
Todos inocentes
Mas a vida maltrata da gente
E inconsequentemente
Nos tornamos todos dementes.
