Livros... peculiares

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- Adrian! O que diabos você está fazendo!?

Ele tinha se esquecido da toalha de rosto, que tinha deixado em cima da cama, então cobriu se e saiu da banheira, porém não contava com o outro bisbilhotando seus livros adultos.

A água morna do banho percorria os seus cachos, seu cabelo batiacontra seu rosto e estava seminu, com uma toalha grossa cobrindo a sua pelve até uma parte da coxa, (in) felizmente não era possível ver o comprimento do rapaz, porém observava se o volume do mesmo, que deixava o seu empregado com um sorriso impercetível, porém obsceno. Por favor, não pense que ele é o tipo de cara que pensa com a cabeça de baixo, mas você, leitor, se estivesse na situação que ele estava submetido teria uma reação pior que a dele ao observar os músculos e curvas definidas de Dmitry. Estava parado em frente a porta, com as pernas entre abertas, semelhante a alguém que esta prestes a correr, com os pés firmados sobre o chão amadeirado, a respiração ofegante e em estado de alerta.

— Sem mais um passo!

Engoliu a seco, com sua pupila dilatada e sem conseguir se mover, o medo de ser mandado para aquele cala bolso escuro e húmido o preencheu, mesmo de longe se via sua cabeça se abaixar como um gatinho assustado, que acabara de ser xingando pelo próprio dono. O moreno sentiu uma pontada, talvez de pena ou piedade pelo garoto, logo no seu primeiro dia de trabalho já se envolveu em problemas, pensou, talvez esteja a agir com os sentimentos a flor da pele, passou a mão pelo cabelo e voltou a sua expressão de humor mediano.

- Guarde-o onde encontrou, por favor

- Sim senhor, mil desculpas!

Apertou-o contra as capas duras dos outros livros, enfiando em qualquer lugar na estante, na parte de contos eróticos. Fechou a porta e continuou a se banhar na banheira de mármore, enquanto o loiro puxou os babados da roupa para tentar desamassar, depois debrou os lençóis de cor vermelha e pétalas amareladas cintilantes, que cobriam a cama do príncipe de forma desajeitada, afofou o travesseiro carinhosamente e abriu as cortinas. Quando Dmitry saiu do banheiro, já fez uma reverência a ele e pediu perdão novamente, que deu alguns tapinhas no seu ombro.

— Que isso não se repita novamente.

Sentou-se na cama e deu as roupas sujas para o rapaz.

— Coloque as na abertura perto do baú.

Apontou para uma espécie de gaveta metálica, cuidadosamente a abriu com a mão direita e jogou as roupas, logo a fechando, ele virou-se e perguntou a vossa Alteza:

— Se me permite perguntar, para onde suas roupas vão, vossa excelência?

— Cairão direto para a lavandeiria, não se preocupe.

Um silêncio repentino tomou conta do quarto, apenas os passos de Adrian quebrariam o silêncio, tranquilizante que, ao mesmo tempo era agoniante, se fossem palavras. Deixou os seus braços sobre a barriga e mãos juntas.

— A algo a mais que eu possa fazer pelo senhor?

- Abaixe-se.

Com sua total obediência, fez o pedido, o príncipe tocou em seu peito, arrochando o laço preto que era grande o suficiente para cobrir seu pescoço, deslizando seus dedos pela sua clavícula.

— Já te disseram que você está muito elegante com está roupa? Sei que é sua primeira vez, talvez ainda esteja tímido, mas com certeza a anfitriã foi gentil com você.

— Oh! Se refere à senhorita Natalya? Sim, ela foi muito educada comigo.

Seu rosto estava em rubor, o rosto quente e o coração palpitando de nervoso, mal conseguia falar sem gaguejar, era novo estar a centímetros de distância de outro homem tão bonito e elegante quanto ele.

— Não precisa falar essas coisas, senhor!... Eu não sei responder a elogios.

Ainda penso que deveria ser dito o quão obediente e fofo você é. Como um cachorrinho.

— Fofo? Acredito que está se precipitando, estou mais para desastrado.

— Na realidade, você é muito mais cuidadoso que os seus antecessores, tirando o livro.

— Eu nunca li um livro, mas sempre quis pelo menos tocar em um. Acabei deixando-me levar pelos meus desejos.

-Tudo bem, não irá acontecer novamente, eu espero.

Embora fosse um rapaz conhecido em sua família real por alguém ligado a libertinagem, sabia se controlar perante uma dama, porém era a primeira vez que havia se encantado com um garoto tão peculiar e de beleza única, que o deixava sem fôlego. O mais engraçado de toda essa história foi que quem agarrou o colarinho e puxou o outro para mais perto foi o seu servo. Algo volumoso surgiu perto de sua pelve, que crescia mais e mais, o sino do quarto do príncipe tocou diversas vezes em todos os quartos, o que vez ele voltar a seus sentidos e se afastar do moreno, que estava espantado com a avidez do mais novo.

Entre monstros Where stories live. Discover now