Uma grande refeição!

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O tocar no sino não possibilitou o beijo de ambos, Adrian recuperou seus sentidos  e escondeu suas partes baixas, as ocultado com o vestido relativamente curto. Soltou o colarinho do príncipe e correu desajeitadamente para pegar seus materiais, agarrando o balde.

— Desculpe, vossa Alteza! Isso não irá se repetir... Eu só... Tenho que ir!

Gaguejava diversas vezes  ao tentar pronunciar qualquer frase, a vergonha de ter cedido aos cortejos do outro o consumia no momento de adrenalina.

Ainda tinha em sua mente, impregnado, o costume de "abrir as pernas" para aqueles homens que o capturaram e o perturbaram por tanto tempo.Tão cruéis que  seus gritos abafados pelo chão húmido, pois berrava tanto que batiam diversas vezes seu rosto contra a superfície enquanto o abusavam. O sangue que percorria suas coxas pela sua carne se abrindo, a ardência e dor constante o deixavam sem conseguir respirar, as lágrimas se misturavam com o chão sujo do local, seu rosto era esfolado diversas vezes com as investidas dos homens, mesmo que tentasse não conseguia se rastejar para longe, seus pulsos estavam doloridos pelas correntes que se esfregavam  contra sua pele, tentou ver seus rostos, mas a visão estava turva de mais para caracterizar faces.

Correu cuidadosamente e abriu a porta, deixando o rapaz sozinho sentado na cama, perplexo com os acontecimentos anteriores. Esfregou as mãos nervosamente uma contra a outra, a dor da culpa bateu em seu peito, independente se fosse alguém promíscuo ou não, jamais gostaria de deixar alguém desconfortável com seus toques, quando tocava seu peitoral coberto pelo pano, não sabia se ele estava desconfortável ou nervoso pela situação no qual era submetido, continuou até ser surpreendido pela ação brusca de Adrian.

Após o loiro fechar a porta, Natalya estava logo atrás, o esperando e batendo o pé direito no chão.

— Venha! Ou iremos nos atrasar, novato!
— Esta bem, estou a ir!

Ela segurou seu pulso por alguns segundos enquanto caminhavam rapidamente até o cômodo dele, os passos cessaram assim que chegaram perto da porta.

-Onde coloco esta coisa?

Levantou o braço em que segurava o balde, ela aponta para um gancho ao lado e no mesmo instante, Adrian o coloca no apoio. Os servos correm para a sala de refeições particular, a grandiosa porta para a entrada já estava aberta, pouco a pouca ao se chegar perto os detalhes mágicos do local eram revelados. Adrian ficou paralisado, perplexo com suas particularidades, o esperado de algo tão magnífico quanto um castelo moderno, ondas douradas seguravam os castiçais iluminados pelo fogo cintilante, o teto era escondido por uma espécie de neblina curta e colorida, como uma constelação arroxeada, passarinhos marrons voavam pela parte de cima, alguns saiam e entravam pela janela aberta, um lugar tão iluminado que se o observar por determinado tempo poderia ferir a vista, começando a lacrimejar. Sua boca estava entre aberta com a riqueza magnífica que cobria a mesa, um enorme pano vermelho cobria a mesma, macio como uma pétala de rosa, sua barriga roncou ao ver as deliciosas e mais diversas iguarias que estavam sob os pratos.

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(Continua)

Entre monstros Where stories live. Discover now