Capítulo 3

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Astrid

O illyriano planou comigo no céu, me fazendo enxergar a bela cidade embaixo de nós maravilhada.

— Nossa. -murmurei boquiaberta.

Um sorriso dele.

— Bem vinda a Velaris, princesa. -ele disse.

A cidade da luz estelar.

Eu me remexi em seus braços o fazendo me encarar.

— O meu pai está preso, mas a quem ele pagou ainda me quer. —murmurei— os boatos de que ele se casaria comigo se espalharam e ele não vai querer manchar o nome, ele vai vir atrás de mim. -murmurei estremecendo em nojo.

Um rosnado.

— Ele não vai, não vai mesmo. -ele grunhiu.

Eu suspirei.

— Porque você e o meu filho ficam comigo. —ele disse— e não vão sair do meu lado e das minhas asas jamais.

Ele não sabia o quanto eu ficava aliviada com aquilo... Com aquelas palavras.

— Quando descobriu que esperava um filho meu? -ele questionou.

— Hoje... —murmurei— fui escondida até uma curandeira, ela me revelou, e quando eu voltava para casa, ouvi os illyrianos reclamarem de que você estaria hoje no acampamento, eu pensei em não contar...

Ele travou, me encarando incrédulo.

— Não iria me contar sobre o meu filho??

— Eu achava que você não iria querer. —me encolhi— a curandeira me disse que os illyrianos não ligavam para filhos de... De casos de uma noite.

Ele rosnou, fúria em seu olhar.

— Ela mentiu. —ele grunhiu— nem todos são assim, pelo menos eu não, eu não faria tal coisa.

Eu pisquei, o encarando.

— Mas eu decidi que te contaria, mesmo que fosse levar um pé na bunda depois. —falei— queria pelo menos ter tentado, fazer o que a minha mãe um dia não fez quando estava grávida de mim, ela não contou para o meu pai e então arranjou um padastro para mim, teve duas filhas com ele e eu cresci o chamando de pai mesmo ele não valendo nada, nunca nem sequer soube o nome do meu.

Eu suspirei.

— Eu iria te contar, se você não quisesse saber dele... Eu seguiria, iria fugir de casa para não me casar, para que também o meu pai não me matasse e nem tentasse me tirar o meu filho, e iria para outro lugar, talvez outra corte, eu tenho amigos da diurna e da crepuscular, e dois da outonal, eles me ajudariam. -sussurrei.

Ele me apertou contra si.

— Eu nunca rejeitaria se viesse até mim e me contasse, e nem irei rejeitar. -ele disse.

— Eu fico... Aliviada com isso. -murmurei.

Eu mordi o lábio.

— A curandeira disse para eu ter cuidado.

Ele ficou em alerta.

— Por que??

— Porque no começo dos sintomas da gravidez, os enjôos, tonturas e desmaios, eu achei que estava doente, e tomei chás para melhorar, acontece que muitos dos chás... Poderiam ter matado a criança..

Cassian parou, ele parou no meio do céu, batendo suas asas, me encarando assombrado.

— Como??

Corte de Sangue e FogoΌπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα