Capítulo 11

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Astrid

O grão-senhor me encarava enquanto eu tentava suportar a dor, fingindo estar bem.

Senti uma pontada e soltei um gritinho baixo, levando a mão alí.

— Pela mãe, querida, o que está sentindo?? -ele questionou me segurando.

— Cassian! -gritei o nome do general, não sabendo como consegui gritar.

A porta fora aberta bruscamente como se uma tempestade houvesse explodido tudo.

— O que foi!? O que aconteceu!?? -ele questionou vindo correndo até mim.

— Chame a Madja, ela.. ela vai nascer. -sussurrei atordoada.

O illyriano ficou pálido..

— Cassian, por favor. -o sacudi com a mão livre.

Ele me encarou.

— Vou agora mesmo!

Ele correu até a sacada mais próxima, alçando vôo, eu murmurei uma prece baixa ao caldeirão.

— O que eu faço?? O que tenho que fazer?? -o grão-senhor da outonal estava mais desesperado que eu.

Eu me arrastei até a porta, ofegando. Eu tinha que chegar até o quarto.

Eu encarei o chão, vendo um pouco de água alí. A bolsa havia estourado...

Senti ser pega no colo e encarei de olhos arregalados o grão-senhor. Ele atravessou comigo até meu quarto, me pondo deitada na cama.

Está doendo muito, porra, está doendo, não achei que doeria tanto...

— O que quer que eu faça?? —ele questionou nervoso— me diga e eu faço, filha.

Eu soltei um grito baixo de dor, choramingando baixinho.

— Onde está o....

A porta se abriu bruscamente e Cassian adentrou o quarto com Madja.

Madja me encarou de olhos arregalados.

— Ainda é muito cedo para ela vir, pela mãe. —ela murmurou— o certo são dez meses e não nove.

Eu a encarei.

— O que vai acontecer com a minha filha? -questionei.

— Vamos rezar para que nada, porque ela está muito adiantada. -ela disse.

Deuses...

Eu inclinei a cabeça para trás, sentindo a dor aguda, senti uma mão segurar a minha e encarei Cassian sentar do meu lado na cama.

Toalhas e bacias com água morna surgiram.

O grão-senhor da outonal parecia que iria desmaiar.

Eu soltei um grito baixo.

— Cassian, tira ela,  tira ela agora. -choraminguei sentindo as pontadas.

— Calma, princesa, respire. -ele disse.

— Eu nunca mais quero engravidar! -murmurei.

— Ah mas, como vamos montar o nosso exército então? -o illyriano questionou.

— Cassian! -exclamei ofegante.

— Está bem, está bem, falamos disso depois.

Madja me encarou.

— Preciso que empurre, senhorita Astrid. -ela disse.

Eu fechei os olhos, apertando a mão do illyriano que apertou de volta, me dando a certeza de que ele estava alí, estava comigo.

Corte de Sangue e FogoOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz