Capítulo 7

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Astrid

No dia seguinte eu estava quieta, mais do que o normal.

— Por que está tão quieta? Princesa. -o general me perguntou.

— Por nada. -sussurrei.

Eu me estiquei, ficando na pontinha dos pés para tentar pegar um livro da estante.

Eu suspirei vendo que não conseguia, bufando fazendo bico, soprando uma mecha ruiva de cabelo do meu rosto.

Cassian sorriu de lado.

— Você fica adorável assim. -disse macho.

— Assim como? -sussurrei inclinando a cabeça.

— Assim, você é pequena, ficando na ponta dos pés, fazendo bico e bufando para as mechas ruivas de cabelo saírem da frente do seu rosto, você fica muito fofa. -ele sorriu divertido.

— Não fico. -cruzei o braços.

Ele sorriu.

— Quanto mais você fala mais você fica. —ele disse rindo— até cruzando os braços você fica fofinha. -ele disse.

— Não ri. -bati o pé no chão, um olhar emburrado.

— Pela mãe, como pode ter criado uma criatura tão fofa? -Cassian me encarou.

— Eu não sou fofa. —sussurrei— você está me irritando. -bufei baixinho.

Ele me olhou com os olhos divertidos e brilhantes, como se estivesse vendo uma criança com um ursinho de pelúcia com um doce na mão.

— Você é fofa, muito fofa, parece uma anãzinha. -ele riu vindo até mim.

— Eu vou te dar um tapa, Cassian, não sou baixa. -estufei as bochechas.

Ele me segurou pela cintura, me erguendo com cuidado, eu peguei o livro da prateleira.

Ele me pôs com cuidado no chão e eu me encostei na estante de frente para ele, encarando o título do livro, era esse mesmo.

Ele pôs um braço na estante, de frente para mim, um sorriso divertido.

— Não me diga que é fã de leitura degradável? Princesa. -ele questionou abanando as sobrancelhas.

Eu corei intensamente.

— N-não... Talvez... M-mas esse é sobre gestação feérica. -gaguejei um sussurro mostrando o livro para ele.

Ele encarou o livro.

— Feyre pode te dizer como é. -ele disse.

— Não quero ir lá. —sussurrei— e ler me deixa calma.

Ele me encarou.

— Está com medo da Nestha?

— Tenho medo de muitas coisas. —sussurrei— mas não quero perder minha filha por causa de uma fêmea que não tem um pingo de sentimentos, já fui diminuída minha vida inteira.

Ele suspirou, encostando sua testa a minha.

— Eu te defendo, que tal? Sempre. -ele disse.

Sorri minimamente.

— Sei me defender, só.... Só havia parado de lutar antes, e agora que devo lutar de novo, eu não sei como se faz. -desviei do mesmo, caminhando até a mesa.

Ele me encarou, então me seguiu.

— Você me disse que tem irmãs, como elas são?

Eu travei.

Corte de Sangue e FogoWhere stories live. Discover now