Lembrança 3: Quando demos o nosso primeiro beijo

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Tocar
Verbo
transitivo direto, transitivo indireto e bitransitivo e pronominal
1.pôr(-se) em contato com; roçar por; encontrar(-se).
2."seus lábios tocaram nos dele"

Logo as lembranças do dia oito ou dia dez retornaram. No entanto, em contrapartida, adoraria falar sobre o dia vinte de setembro… Sobre a terceira lembrança que marcou meu coração. Pela primeira vez, a memória de nós dois não foi registrada no campo onde passávamos nosso tempo. A euforia que senti naquele dia foi surreal de bizarra, talvez a felicidade tivesse chegado no ápice aquele dia. Foi muito bom saber a profundidade do seu amor, Hoon.

Era o fim das aulas daquele dia e como eu não havia te visto na saída, decidi te procurar. Você poderia muito bem ter ido embora sem eu ver, contudo, acabei não pensando nessa possibilidade. O primeiro lugar em que te procurei foi na sua sala de aula, e por sorte, tu estavas limpando o local sozinho. Parei na porta e te observei apagando o quadro.

Eu já tinha notado antes, e em alguns momentos sempre me peguei perdido na sua beleza singular e única. Entretanto, especialmente naquele dia você estava mais belo do que nunca. O uniforme da escola caía muito bem em ti e me atrevo a dizer que tu eras o garoto mais lindo daquela escola. Depois de mim, claro.

— Você está parado aí a quanto tempo? — Saí do pequeno transe ouvindo a sua voz.

— Vim esperar você… Precisa de ajuda? — Ignorei a pergunta. — Precisa de ajuda em algo, Honnie?

— Honnie?

Coloquei a mão na boca. Eu só havia lhe chamado assim durante alguns devaneios e dizer isso em voz alta foi estranho. Completamente bizarro. Talvez parte de mim ainda esteja preso no universo onde passamos o dia aproveitando a companhia um do outro, onde asseguro a ti que jamais irei te deixar.

— Eu gostei… — Colocou o apagador sobre a mesa. — Quase não te vi hoje… Senti a sua falta.

— Também senti a sua. — Me aproximei ficando diante dos seus olhos. A forma como ele me fitava fazia meu coração apertar.

Ele sorriu, segurando minha destra. Não sabia exatamente o que ele estava pensando, mas pela primeira vez vi que seu olhar não estava mais vazio como antes.

— O que foi, Hoon?

— Sei que somos amigos mas… — Deu uma pequena pausa e se aproximou mais de mim. — Eu queria muito poder te beijar agora, Sun.

— E quem disse que você não pode?

Sunghoon não pensou duas vezes em soltar as minhas mãos envolvendo os braços na minha cintura me puxando para mais perto de si, selando nossos lábios. Coloquei as mãos no rosto do Park aprofundando mais o beijo e só os deuses sabem o quanto eu desejava aquilo. O quanto eu esperei para descobrir que os lábios de Park Sunghoon tem gosto de baunilha e canela. O mundo em nossa volta estava inerte e se eu não estivesse delirando, era possível ouvir as batidas dos nossos corações batendo em sincronia. De todas as bocas que eu beijei, digo com convicção que nenhuma delas se iguala a de Sunghoon.

— Queria poder continuar, contudo podem nos ver aqui. — Se afastou. — Terminamos isso mais tarde, está bem?







Memories - SUNSUNWhere stories live. Discover now