Capítulo 42

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A porta da sala de aula abandonada se fechou atrás de ambos, trancando com um clique suave.

Harry cruzou os braços, recostando-se em uma das carteiras, esperando que Tom falasse. Ele não precisou esperar muito.

- O que Dumbledore queria?- Tom exigiu. Harry ficou em silêncio, olhando para trás.- Comece a falar!

Harry fez uma cara hesitante, antes de finalmente responder em tom de máximo sigilo.

- Você sabe que eu sou o menino que sobreviveu, certo?- ele disse. Tom assentiu, presumivelmente de forma encorajadora.- Bem, ele quer que eu lance uma nova marca de gotas de limão.- a expressão do outro ficou fria. Harry sorriu, continuando.- É para que ele possa ter 50% de desconto. Claro, eu ganho metade...

A varinha de Tom pressionou abruptamente contra a cavidade de sua garganta, e a mão de Harry se fechou simultaneamente em torno de sua própria varinha. Ele engoliu em seco, seu corpo tenso.

Harry poderia amaldiçoar Tom, seus eram reflexos muito bons, então, ao contrário da maioria das pessoas, ele seria capaz de acertar seu feitiço mesmo nessa posição um tanto comprometedora, mas por causa da proximidade, ele não seria capaz de fazer isso sem que o feitiço do outro o atingi-se primeiro, e Tom conhecia algumas magias desagradáveis.

- Eu não estou achando graça, Harry. Então tente refrear esse seu humor antes que eu o controle para você, hmm?- Tom sugeriu perigosamente. Harry inclinou a cabeça para olhar para o outro, (e por que Tom tinha que ser mais alto que ele?) desconfortavelmente ciente da madeira cavando em sua jugular.

- Ah, desculpe. Você esperava que eu fosse intimidado com isso?- ele perguntou depois de um momento.- É só que você não é muito assustador, mas eu posso tentar fazer um esforço...

A mão de Tom disparou, puxando sua gravata da Grifinória com força, apertando-a em torno de seu pescoço e o sufocando. Harry gaguejou até parar, imaginando distraidamente como ficaria com os lábios azuis.

- Cala a boca.- Tom sibilou.

- Mas eu pensei que você queria que eu falasse.- Harry zombou, embora um pouco ofegante. Ele se sentiu tonto. A mandíbula de Tom se apertou.- Sabe, você está sendo muito mal-humorado.- O sonserino soltou o material vermelho e dourado, aparentemente rezando por paciência.- Isso realmente não funcionou, não é?- Harry perguntou de uma maneira compassivamente preocupada.

- Eu poderia apenas ler sua mente.- afirmou Tom. Harry sentiu seu coração acelerar um pouco em desconforto, deixando os comentários divertidos sobre as técnicas de intimidação de Tom de lado.

Ele começou a tentar descobrir como sacar sua varinha sem chamar a atenção para o fato de estar fazendo isso.

- Claro, você poderia.- Harry respondeu alegremente, antes de endurecer sua voz.- Mas, para ser honesto, nada disso é da sua conta!

- Você disse que me contaria.

- Não, eu disse que poderia te contar.- ele não iria. Não sobre horcruxes.- Mas agora, bem, eu não gosto muito de ser arrastado por aí sem o meu consentimento. Não é muito legal. Nem enfiar sua varinha na minha garganta.- Harry terminou incisivamente.

Como se para irritá-lo, Tom pressionou a varinha de teixo com mais força em resposta. Ow. Adivinhando o que vinha a seguir, Harry virou a cabeça para longe do olhar de Tom. O contato visual era importante para a legilimência, podia ser feito sem ele, mas era muito mais difícil. Ele também fechou os olhos. Houve um minuto de tensão total enquanto Harry esperava que Tom entrasse à força em sua mente. Atitude arrogante de lado, sua Oclumência era uma porcaria, então se Tom queria a informação tão desesperadamente, ele poderia simplesmente pegá-la. E ele teria que fazer isso, o intervalo logo acabaria. As aulas começariam de novo em cinco minutos.

O Favorito do DestinoWhere stories live. Discover now