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JASMINE

quando chegamos até o nosso destino fiquei abismada com o quão belo era o castelo onde ele vivia, atualmente era difícil alguém morar em um desses, os vampiros se adptaram a modernidade e moravam em mansões.
mas o castelo era lindo, magnífico, tinha toda uma estrutura antiga que me fazia suspirar.

quando entramos pude perceber que haviam algumas serviçais, não era de se admirar, seria uma loucura cuidar daquele castelo inteiro sozinho.

elas me olhavam com desprezo e nojo, como se fossem vomitar a qualquer momento.
eu me mantinha encolhida atrás do rei, andando com ele para seja lá aonde ele estivesse indo.

então, percebi que estávamos entrando em um quarto, pela estrutura e tamanho, resumi que fosse o quarto do rei.
percebi no canto do quarto uma cama de solteiro, era pequena e parecia desconfortável, ficava perto da janela com grades.

-você dorme ali. (ele disse olhando para mim e apontando para a cama perto da janela)

-vou... vou dormir no mesmo quarto que o senhor? (eu disse apreensiva e confusa, meu antigo dono me colocava para dormir no chão do seu porão depois de todos abusos e agressões)

-sim, minha escrava deve estar disponível para mim a qualquer momento. (ele disse de forma fria, me fazendo se arrepiar)

pela primeira vez, parei para olhar para ele em si, observando seus detalhes.

o rei tinha olhos frios e mórbidos, como se fosse capaz de matar alguém apenas por respirar de um jeito que não o agradasse.
seus cabelos pretos não eram grandes mas também não eram pequenos, seus olhos vermelhos pareciam apagados.
ele era alto e forte, tanto que eu me sentia um ratinho indefeso perto dele.

sua voz era rouca e grossa, também era fria, assim como seus olhos e a sua personalidade.
precisava tomar cuidado, não podia morrer sem encontrar minha irmã e se eu precisasse fugir dele também, dessa vez seria difícil.

-o que tanto olha, humana? (ele disse me fazendo arregalar os olhos, me perdi em meus pensamentos)

-eu...eu... (eu gaguejava pensando em uma desculpa) -eu gostaria de saber como posso servir o senhor!

suas sombrancelha se franziram, como se ele não tivesse acreditado nisso.
então, devagar ele se aproximou de mim, em passos lentos, me deixando nervosa.
quando chegou na minha frente, se abaixou até a altura do meu rosto, ficando a centímetros dele, sentia minha respiração desregular.

-em primeiro lugar, nunca minta para mim. (ele disse colocando uma de suas mãos atrás do meu pescoço, me puxando com facilidade mais ainda para frente, deixando sua boca ao lado da minha orelha) -em segundo lugar, deve sempre seguir minhas ordens sem hesitar ou arranco a sua cabeça do seu corpo sem pensar duas vezes (sentia que estava tremendo de medo) -em último lugar, sempre que eu quiser degustar seu sangue, deve apenas se calar e me deixar fazer isso.

essa parte me deixava com muito medo sempre.
as presas afiadas eram como agulhas grossas entrando em minha pele, cada vez que o sangue era sugado doía mais, sem contar o medo que eu tinha da pessoa acabar sugando até a última gota, me deixando assim, sem vida.

então, ele olhou para mim, minha respiração estava desregular e eu queria sair correndo dali, nossos olhos se encontraram novamente, eu tentava não demonstrar todo o medo que estava sentindo.

então, em um gesto rápido, ele afastou meus cabelos, segurando com força eles em sua mão e colocando seu rosto em meu pescoço.
então, senti seus caninos afiados me perfurarem, os dele eram muito maiores e afiados do que meu antigo dono, senti vontade de gritar quando ele fez isso.

com a mão livre ele segurava minha cintura, me deixando colada ao seu corpo enquanto afundava mais suas presas em mim.
mordi meus lábios para não gritar e senti meus olhos lacrimejarem.

involuntariamente, minhas duas mãos foram para suas costas e eu apertei elas com força, tentando aliviar um pouco a dor que eu sentia.
ao mesmo tempo que sabia que isso me renderia uma punição por ousar tocar meu dono, não conseguia controlar, doía muito e eu queria chorar como uma criança.
a única vez que fiz isso com apenas uma mão em meu antigo dono, ele mordeu minha mão enquanto segurava meu pescoço, com a força de um vampiro ele quase me matou em questão de segundos.

mas algo me surpreendeu.
ele não me agrediu ou se irritou com minhas mãos apertando suas costas.
ele apertou mais minha cintura, afundando mais suas presas em meu pescoço, como se quisesse nos deixar cada vez mais perto.

então, quando eu já estava começando a me sentir fraca, ele tirou suas presas, me causando grande alívio.
quando se afastou um pouco pude ver seu rosto, sangue escorria pela sua boca e seus olhos frios pareciam entrar dentro da minha alma.
tirei minhas mãos rapidamente das suas costas, me encolhendo.

-d-desculpe, senhor (eu disse olhando para baixo)

-eu não senti nada. (ele disse me soltando e indo em direção a porta)

então, antes de passar por ela, olhou uma última vez para trás.

-tem roupas no pequeno armário perto de sua cama, se troque e venha para a sala, temos coisas a resolver.

então, ele sumiu pela porta, a fechando em seguida.

engoli em seco, por que meu coração parecia estar acelerado?

A escrava do vampiro Onde as histórias ganham vida. Descobre agora