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YARA

com facilidade, Jack me jogou em seus ombros, me levando até o seu carro e me mantendo em seu colo durante o trajeto, mal conseguia respirar por conta do seu aperto ao meu corpo.

-você sabe que isso não vai acabar bem, Jack. (eu tentei ser firme com minhas palavras, para tentar fazer o mesmo cair na real e perceber o absurdo que estava fazendo)

-agora é tarde demais para qualquer coisa, amor. (ele disse soltando um ar de sarcasmo pelo nariz) -espero que esteja tão ansiosa quanto eu para conhecer nossa nova casa!

tremi.
ele estava completamente louco, sua cabeça parou de funcionar aleatoriamente?
iria me sequestrar e simplesmente fugir para outro lugar?
sentia que Jack estava pior do que era, como se desde o dia em que fui levada embora, ele vinha planejando tudo isso.
então, ele freiou o carro abruptamente, se suas mãos não estivessem tão firmes no meu corpo, com certeza eu teria voado pelo vidro da frente.

-por que sinto que está triste, Yara? (ele disse me encarando com frieza, fazendo meus olhos tremerem) -preferia ter ficado com ele?

-não... (eu tentava pensar em alguma desculpa, não podia ser burra e dar um passo em falso) -eu só... estou triste porque agora não tenho mais chances de ver a minha irmã.

-você tem a mim, não precisa de mais ninguém.

-sim... você está certo, me desculpe (eu disse tentando forçar um sorriso)

seus olhos se focaram na estrada a frente novamente, então ele acelerou o carro, prosseguindo a viagem.

seus olhos se focaram na estrada a frente novamente, então ele acelerou o carro, prosseguindo a viagem

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•LUAN•

meu sangue ferveu e por algum motivo, eu sentia que entraria em desespero.
eles não estavam lá, na verdade parecia que a casa havia sido abandonada.

estávamos indo em direção a casa de Draco novamente, sua humana já sabia de tudo, portanto estava desesperada no banco de trás, o que não me ajudava a manter a calma.

quando chegamos me sentei no sofá, em agonia tentando pensar no que fazer.

-vou mandar alguns guardas atrás dele, logo vão encontrá-la. (meu irmão disse parado a minha frente)

-e se não encontrarem? (eu acabei soltando, até quando ela ficaria nas mãos dele?)

-se acalme, Luan. (meu irmão disse impaciente, aparentemente ele estava tendo que lidar comigo e com a humana ao mesmo tempo) -vai dar tudo certo.

-eu posso ir junto nas buscas? (sua humana disse com os olhos cheios de lágrimas)

-não. (Draco disse simplista)

-mas...

-sem mas, Jasmine. (Draco esfregou os olhos irritado) -agora vá para sua casa e espere por notícias lá, duas Jasmines são demais para mim.

-que desaforo... (eu disse irritado vendo que ele havia acabado de me comparar a uma humana)

então, me levantei e fui em direção a minha casa, dirigindo como um louco pela estrada, minha cabeça não parava de pensar, isso estava me deixando desnorteado.

então, me levantei e fui em direção a minha casa, dirigindo como um louco pela estrada, minha cabeça não parava de pensar, isso estava me deixando desnorteado

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•JASMINE•

meu coração estava a mil.
Yara havia sido levada, algo me dizia que isso não era nada bom, que era horrível, o jeito que ela ficava quando falavam de seu antigo dono me faz pensar que ele seja até pior do que Luan.

estava inquieta andado de um lado para o outro, tentando aliviar minha ansiedade.

até que Draco segurou com firmeza meu pulso, me fazendo parar abruptamente.

-da pra parar com essa merda? tá me irritando.

-Draco, você não entende... (eu dizia angustiada) -ele... ele pode estar machucando ela.

-isso não é problema meu. (ele disse de maneira insensível, indo em direção as escadas)

-supremo, preciso que entenda meu lado e me deixe ajudar nas buscas! (eu disse um pouco mais alto, fazendo ele parar no primeiro degrau)

-já lhe disse para não me chamar assim. (ele me olhou de forma intimidadora) -logo iram fazer os folhetos e entregar, verifique se está tudo certo quando deixarem um aqui.

então, ele subiu as escadas, me deixando inquieta no andar de baixo.
fui para a frente da porta esperar o tal panfleto, me senti tocada ao perceber que Draco por mais que não dissesse, estava ajudando na busca por ela.
não sei se pelo o seu irmão ou por mim, mas o importante é que estava.

• • • • • • • • • • • • • • • •

após duas horas, eu já estava sentada no chão em frente a porta, quase dormindo apoiada nos meus próprios joelhos.
até que alguém bateu na porta, fazendo com que eu me levantasse de imediato, destrancando a porta.

um homem entregou um dos panfletos, me olhou de cima a baixo e deu meia volta, se retirando.
tranquei a porta novamente, olhando com atenção cada detalhe do papel que estava na minha mão.

o rosto da minha irmã estava de um lado, suspirei vendo que era uma foto consideravelmente antiga dela, tiravam nos orfanatos para identificar os escravos.
meus olhos se arregalaram quando ao lado dela pude ver o homem que supostamente havia a levado.
sentia que já havia visto seu rosto antes, fechei os olhos com força, tentando buscar nas minhas lembranças o porquê daquele rosto ser tão familiar.

então, me lembrei.
Christian.
já havia visto esse homem algumas vezes em sua casa, aparentemente eles eram amigos próximos.
sempre escutava ele ser rude com alguém e falar de maneira autoritária, imaginava que era sua escrava mas por ela nunca respondê-lo, não imaginava que fosse minha irmã.
me sentia desnorteada, não sabia o que fazer com essa informação.
olhei para o andar de cima, comecei a correr em direção as escadas, precisava contar para Draco.
parei abruptamente.
mas o que ele faria?
Christian não diria nada sobre isso mesmo que soubesse, não teria como provar seu envolvimento nisso, se é que ele está envolvido.
me sentei na escada, passando as mãos pelo rosto.

eu precisava agir, mesmo que fosse por conta própria.
com esse último pensamento, resolvi seguir minha idéia e tentar dar início para o meu plano.

A escrava do vampiro Where stories live. Discover now