CAPÍTULO 27

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     Depois do terceiro dia, precisamos dormir por quase 24 horas seguidas para conseguirmos nos recuperar fisicamente. Passar o meu cio com esses dois foi... Simplesmente magnífico. Cada segundo foi simplesmente magnífico. E não estou falando apenas do sexo — que também foi tão perfeito que só de lembrar me deixa completamente atordoado —, mas sim de todo o resto. Eu amo esses dois manés e quero passar o resto da minha vida com eles, e se antes tinha algum resquício de dúvida, essa dúvida desapareceu por completo, assim como a integridade física do meu cu depois desses três dias.

     Acho que já são quase umas 5:00 da tarde quando eu acordo de um cochilo demorado, rolando pela cama enorme de Kai e ronronando feito um gato manhoso, ainda sentindo os últimos resquícios do meu cio, o que faz meus músculos cansados protestarem à cada movimento, como se tivesse corrido uma maratona. As lembranças voltam como flash's, fazendo as minhas bochechas arderem tanto que tenho certeza de que vou explodir de tanta vergonha. Pelo visto, os dois adoraram me foder ao mesmo tempo, porque fizemos aquilo em dezenas de posições, mas também fizemos de todos os outros jeitos possíveis. A minha bunda lateja de forma dolorida quando lembro de quando eles me colocaram de bruços e deitaram em cima de mim — um de cada vez —, antes de me comerem de uma forma bruta, dura e simplesmente alucinante.

    Também lembro vagamente de termos tomado um longo banho e de termos trocado os lençóis duas vezes. O cheiro de sexo se dispensou e agora o único aroma que sinto é o de amaciante dos cobertores, misturado com o cheiro bom dos meus dois alfas, que por sinal, não faço ideia de onde estejam. Eu quase me forço a fechar os olhos e voltar a dormir, mas lembro de que logo logo vai anoitecer, então posso descansar um pouco mais tarde, quando nós três estivermos juntinhos aqui debaixo do lençol.

     Sento na cama e engatinho para fora dela, percebendo que estou vestindo uma camisa larga e uma Boxer por debaixo. Caminho em direção a porta do quarto em passos cambaleantes, sentindo as minhas pernas um pouco bambas. O meu cu definitivamente é um guerreiro, porquê apesar de estar um pouquinho dolorido, não sinto muito coisa além disso, como se não tivesse sido EMPALADO por três dias seguidos.

    Solto um bocejo alto e esfrego os olhos enquanto sigo pelo corredor, pretendendo voltar para cama o quanto antes. Pelos barulhos de conversa, os meus dois manés estão na sala, então é justamente para lá que caminho, encontrando eles dois sentados no sofá, vestindo apenas duas calças de moletom e deixando completamente expostos seus peitorais largos. A pele de Tyler está cheia de chupões e mordidas — dadas por mim e por Kai —, enquanto a de Kai não tem nenhuma marca visível, até porque sua pele linda e escura faz com que as marcas fiquem quase imperceptíveis, mas Tyler e eu o mordemos e chupamos tanto que eu tenho quase certeza de que ele é o que mais carrega marcas dos dois, embora eu definitivamente seja o que mais tenha mordidas e chupões, que tomam cada centímetro do meu pescoço, braços, costas e bunda.

    Tyler está vestindo uma calça de moletom azul marinho, e ela definitivamente é de Kai, porque nunca vi meu roqueiro gostosão vestindo nada que não fosse preto, branco, cinza, além de algumas poucas excessões. O meu preto safado está vestindo uma calça branca, o que contrasta lindamente com sua cor, além de marcar pra caramba lá embaixo, mas acho que se pensar em sexo mais uma vez sequer, minha cabeça vai explodir.

    — Dormiu bem, amor? — Kai pergunta, então confirmo levemente com a cabeça. Assim que me aproximo o suficiente, ele agarra a minha cintura e me coloca sentado entre os dois, antes que os alfas safados se aproximem e me abracem com força, me deixando completamente preso dentro desse casulo de músculos quentinhos.

    — Toma, Ottinho. — Tyler estende a mão e pega uma das duas canecas que estão em cima da mesinha e me entrega. Eu a recebo, percebendo que estou com um pouquinho de sede. Ela ainda está pela metade com café e leite, ainda bastante quente, então tomo um gole demorado, soltando um grunhido de satisfação.

     — Você está dolorido? — Kai pergunta, dando um beijinho no topo da minha cabeça e empurrando meus óculos um pouquinho para cima. Ele se aproxima ainda mais de Tyler, de modo com que fiquem com seus corpos colados lado a lado e eu em seus colos.

    — U-um pouquinho, mas não me arrependo de absolutamente nada. Foi... Perfeito. — Respondo, tomando mais um pouquinho do meu café com leite, enquanto sinto os dois deixarem uma série de beijinhos nos meus cachos loiros, o que faz o meu coração bater de forma descompassada, transbordando com o sentimento quente que toma conta de mim.

     — Foi maravilhoso, amor. — Tyler concorda, antes de abaixar o rosto e tomar um gole da minha caneca, para então roçar levemente seus lábios com gosto de café nos meus.

    — Digo o mesmo, Baby. — Kai diz, me abraçando com força por trás, antes de mover sua atenção para Tyler e continuar: — Também foi bom ficar com você, cara. Você beija bem pra caralho, e foi gostoso fazer amor com nosso loirinho enquanto sentia seu pau roçando no meu.

     — Digo o mesmo, Kai. Foi bom pra caralho, além de que chupar você e ser chupado pelos dois não é nada mal. — Tyler dá de ombros casualmente, arrancando uma risadinha de mim, que reviro os olhos e abro um sorriso largo de tanta felicidade.

    — Amo vocês dois. — Digo, inclinando-me para dar um beijinho no queixo de Tyler e virando-me para fazer o mesmo em Kai.

     — A gente também te ama, Ottinho. — os dois dizem ao mesmo tempo, me fazendo fechar os olhos e soltar um suspiro de pura alegria, sem conseguir controlar as doses de serotonina que fluem pelo meu sangue. Fazer amor com esses dois é maravilhoso? Com toda certeza. Mas ficar assim agarradinho e dando-lhes e recebendo amor? Isso que é a coisa mais mágica de todas.

     Pretendia ficar desse jeito aqui por um bom tempo, mas a minha barriga encontra o momento mais inoportuno para roncar profundamente, fazendo os meus dois alfas ficarem levemente surpresos, antes de soltarem risadas roucas e lindas.

    — Vamos preparar alguma coisa para você comer, Baby. — Kai diz, antes de me colocar gentilmente no sofá e levantar dele. Tyler confirma levemente com a cabeça e dá um último beijinho nos meus lábios, antes de levantar também e começar a seguir Kai em direção a cozinha, mas assim que eles dão não mais do que alguns passos e se aproximam um do outro, os dois soltam grunhidos estranhos e colidem, como se estivessem completamente tontos.

     — V-VOCÊS ESTÃO BEM?! — Uma onda de medo toma conta de mim quando eles não conseguem se manter em pé. Tyler vai para cima de Kai, então os dois desabam no chão em uma confusão de braços e pernas. Eu pulo do sofá e corro até eles, percebendo que a cena é parecida com aquela no banheiro de quando nos conhecemos, só que agora os dois não estão desferindo socos um no outro.

     Me ajoelho ao lado deles e observo seus olhos recuperarem o foco, como se estivessem ficado em transe por alguns segundos. Os dois olham para mim, antes de encararem um ao outro por longos segundos, ainda abraçados de um jeito engraçado e fofo.

     — E-eu... Eu estou sentindo você na minha cabeça!! — Kai exclama, dando um soco no ombro de Tyler, que parece tão surpreso quando ele.

     — Puta que pariu. Também sinto você!! — Tyler exclama com os olhos acinzentados meio arregalados, alternando o olhar entre Kai e eu. — Continuo sentindo você, Ottinho! Mas agora consigo sentir esse mané também!!

     — Ai meu Deus. — Solto uma gargalhada alta, sentindo meus olhos encherem de lágrimas de tanta alegria. Eu não exito por um segundo sequer antes de me jogar em cima deles, então nos três rolamos pelo chão da sala como um bando de malucos.

    Tyler e Kai ainda estão se encarando com espanto, completamente atordoados por também estarem ligados. Acho que agora meus dois safados sabem exatamente o que senti por ter DUAS outras pessoas na cabeça.

     — E-eu já disse que te amo, cara? Porque eu definitivamente te amo. — Tyler gagueja, agarrando o cabelo crespo de Kai e envolvendo a minha cintura com o outro braço.

     — Também te amo, idiota. — Kai rosna de volta, avançando para beijar o outro alfa, mas não sem me puxar para o beijo também, agarrando de maneira possessiva e minha bunda com uma mão, além de agarrar a de Tyler com a outra.

    Nós podemos ser um bando de malucos? Sim, mas três malucos que se amam e são incrivelmente felizes!


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DOIS ALFAS E EU (COMPLETO)Where stories live. Discover now