Capítulo 3

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Olá meninas! Terceiro capítulo saindo adiantado. Não esqueçam de comentar e dar estrela, assim mais gente poderá conhecer e ler a história. COMPARTILHE!




CLARA MONTEIRO!

Quase cinco anos depois...

Abro um olho sonolento quando o som que imita um carro acelerando e o toque de alguém fazendo das minhas costas uma pista de corrida me faz sorrir.

— Bom dia, bebê... — Viro meu rosto para encontrar a razão da minha existência empoleirado em minha cama.

— Mamãe, levanta...

— Tudo bem, amor, já vou me levantar! — Agarro meu filho em meus braços e o sufoco com beijos em um abraço apertado.

— Não mamãe... — Ele tenta fugir para longe de mim, mas o agarro firme e faço sons de rosnado, fazendo-o gargalhar divertido. — To com medo! — ele grita!

— Ei vocês! São seis da manhã! Vão acordar os vizinhos!

— Vovó! Minha mamãe é um tigle! — Ian grita e consegue pular da cama e correr para minha mãe que está na porta do quarto nos olhando amorosamente. — Me salva vovó! — Ele pula para cima e para baixo querendo que ela o pegue no colo e é o que ela faz. Ela o mima, mas eu nunca implico com ela, afinal ele é seu único neto e o que nos sustenta juntos como uma supercola. E ela toma conta dele enquanto eu trabalho e não reclamo muito quando ela o enche de mimos, mas o meu garotinho é incrível.

— Bom dia, meus amores — minha mãe fala depois de encher seu neto de beijos também. — Você é muito levado garoto, acordou sua mãe, hein.

— Bom dia mãe! — digo levantando-me e indo para o banheiro, enquanto mamãe sai levando Ian.

Olho-me no espelho e a mulher que me encara de volta é apenas uma sombra da mulher de cinco anos atrás.

A única coisa que me faz levantar todos os dias é meu filho de quatro anos. Perder Michel naquele acidente levou uma parte de mim, mas ele me deixou um presente tão valioso, que tem horas que esse amor é quase grande demais para levar, mas eu sei do quanto preciso disso cada santo dia que acordo sem o outro amor da minha vida ao meu lado. O parceiro que escolhi não está mais aqui para dividir o fruto de nosso amor.

Suspiro fundo e fecho meus olhos, sabendo que hoje será um daqueles dias que Michel não sairá dos meus pensamentos. Não que passasse um dia sem que eu não me lembrasse dele. Ele tinha sido meu único amor. Eu tinha me apaixonado por ele tão duro e rápido, um tipo de amor que eu acho que nunca irei encontrar outro. Dizem que podemos amar várias vezes. Eu não sei se isso se aplica a mim, pois se passaram cinco anos e vivo apenas para meu filho, sem nunca olhar ou me interessar por outro homem, aliás, eu nem penso nisso. Trabalho e casa, minha vida se resume a isso. Minha mãe e Selina têm sido minhas rochas, se não tivesse elas em minha vida há tempo eu teria desistido. Tive um quadro de depressão logo após o acidente e se seguiu até depois do parto, ainda não estou cem por cento bem, mas meu filho me faz viver e levantar todo dia para ele. Sem minha mãe, Selina e Ian, eu não sei como seria a minha vida.

Saio do quarto e já escuto a tagarelice do Ian na cozinha e caminho para lá. Eu me sirvo de uma caneca de café fresco e me sento à mesa onde Ian come seu café da manhã como se tivesse passado a noite preso.

— Coma devagar, amor — ralho, e ele me olha com esses olhos que trazem uma pontada de dor a cada vez que me olha. Michel tinha esses mesmos olhos azuis-claros e cabelos negros caindo sobre a testa. O corte de cabelo do Ian ainda é infantil e diferente do seu pai, que tinha um corte requintado.

A Esposa Esquecida do CEOTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang