Capítulo 8

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Capítulo novo chegando adiantado... vem conferir.

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CLARA MONTEIRO


Eu fico lá depois que Enrico saiu da minha casa e uma dor profunda se alastra por meu peito. Ele simplesmente saiu sem que nós tivéssemos conversado direito. Eu não falei tudo sobre Michel para ele e parecia que ele não estava dando a mínima sobre tudo. Guardo as fotografias sem olhar muito para elas e fico indecisa se devo voltar à redação, provavelmente irei perder esse emprego. Mando uma mensagem para a Sílvia avisando que não irei mais hoje e que amanhã compensarei meu dia. Eu não estava com nenhuma estrutura emocional para ver Enrico hoje. Se ele vai me demitir de qualquer maneira, o que era mais um dia sem fazer meu trabalho?

Envio uma mensagem para mamãe voltar e fico zanzando pelo apartamento, minha mente completamente em transe.

Meia hora depois minha mãe chega com Ian e eu agarro meu filho nos braços. Eu precisava tanto disso!

— Não ficou no trabalho hoje de novo? — mamãe pergunta preocupada e ela tem razão de se preocupar, afinal estamos nos adaptando a esse lugar ainda. — Vai acabar sem emprego, ou talvez seja o melhor. Esse homem que você diz ser o Michel pode não ser ele e você está fazendo confusão com um homem parecido com ele que por acaso é seu chefe.

— Você não acredita em mim, não é? — pergunto com um pouco de mágoa. — Ele também não acredita em mim, mas eu gostaria que você o visse e tirasse suas próprias conclusões.

— Ah querida, eu não sei o que dizer. — Ela deixa as compras que estava guardando e vem para meu lado. — Eu amo você, mas a morte de Michel mexeu demais com você e entendo, pois vocês dois eram apaixonados demais um pelo outro e agora você pode estar confundido tudo em sua mente.

Eu não vou entrar nessa conversa desgastante, estou cansada de ser chamada de louca porque não sou. Não entendo o que aconteceu com Michel, mas eu vou descobrir.

Sem retrucar suas palavras eu assinto e digo que vou tentar fazer algum trabalho daqui de casa no meu quarto. Passo pela sala onde Ian está brincando no tapete com carrinhos de corrida e fico parada um momento apenas observando meu filho e me pergunto como um pai pode olhar seu filho e não sentir nada. Não o reconhecer quando ele é tão igual a ele. Enrico é mais frio do que eu imaginei.

No quarto, mando e-mail para Sílvia e digo que resolvi trabalhar de casa, eu não estava preparada para ver Enrico hoje, seria demais, e talvez amanhã eu seja demitida de qualquer maneira.

Quando entro na redação, no dia seguinte, vou direto para a sala de Melissa, preciso falar com ela por causa dos dois dias que não estive na empresa e se vou continuar. Bato e escuto sua voz.

— Entre.

Empurro a porta e coloco minha cabeça para dentro.

— Bom dia, Melissa, você tem um minuto?

— Claro, entre Clara — ela diz séria, sem o sorriso simpático que sempre dá.

Caminho e me sento na poltrona em frente da mesa dela.

— Tudo bem?

— Sim, obrigada. — Limpando a garganta eu começo. — Quero pedir desculpas por não dar tudo de mim aqui no escritório e entenderei se você me demitir.

A Esposa Esquecida do CEOWhere stories live. Discover now