Capítulo Três - A Destruição.

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No princípio, um dia após o derramamento de sangue pelas bondosas terras, Mersun tornou-se sombria e vazia. Manacá não se iluminou, abandonando o universo em uma intensa escuridão e alvoroçando os habitantes daquele imenso infinito. Quanto ao corpo de Alef, infelizmente, não se transformou em flor, tão pouco se esvaiu encantadoramente, resultando em indagações. A Grande Árvore teria o esquecido? Seria tudo mentira? Era possível existir morte naqueles confins tão eternizados? Dúvidas que agora ocupavam muito mais que a mente, como também o coração dos mersanos e das mersanas.

Amon, entretanto, sentia-se mais vivo e forte como nunca. Poucos possuíam a coragem de olhá-lo no fundo dos olhos e dizer, mesmo que mentalmente, o quão cruel ele era. E não demorou muito para que o Guardião percebesse o quão bom era ser temido, principalmente por um povo que tão pouco sabia sobre a verdade.

Ele usufruía tranquilamente da peculiaridade do sabor amargo e também terrivelmentedoce do poder, aguardando o instante em que todos perceberiam que foramiludidos pelas malditas palavras do Mestre Ósman. Enquanto isso, Manacá erainvadida por inúmeras rachaduras em seu tronco multicolorido, as quaisaparentavam estar adentrando nas entranhas da força mais singular que um dia jáexistiu. 

Os outros Guardiões, contudo, clamavam para que a população não seentregasse ao desespero e que tivesse paciência, pois em breve tudo voltaria aonormal. Mas, quando a tarde chegou e mais uma vasta rachadura mostrou-se notronco de Manacá, não houve palavras suficientes para tranquilizar a todos.

E o pânico ficou ainda maior ao descobrirem que Ósman, juntamente com os dois jovens e Mirandir, estavam extremamente fracos e que, portanto, haviam sido levados pelos aprendizes do Feiticeiro à Floresta de Lumus, que era a mais densa e extensa de todas, porém, era também habitada por criaturas estranhas e desconhecidas. E essas demonstravam ser a última esperança para ajudar a salvar aquelas vidas.

O problema era que ninguém se atrevia a entrar naquela vegetação escura, pelo menos, não até aquele momento.

O que está acontecendo? Muitos se perguntaram. E Amon, no meio dos vilarejos da Região das Montanhas, disse: "O Feiticeiro está doente, Alef não conheceu a paz soberana, Manacá está sucumbindo. O que pensam que está havendo? É o Destino escrevendo arduamente para nós que tudo não se passou de uma ilusão. Sem Ósman, não há feitiço para manter a árvore. Não há como ocultar a verdade".

Assim, chegou ao fim o primeiro dia de caos e dúvidas.

Ao se iniciar novamente o passar do tempo, ainda não havia luz. Os riose mares da Região das Águas congelaram e uma tempestade eclodiu. Raios, antesnunca vistos, caíam continuamente nas montanhas cobertas por frágeis flocos deneve.

Os Guardiões, já sem saberem o que fazer, foram de vila em vila,entrando nas humildes moradias construídas através do barro e das pedras, etentaram ajudar o máximo que podiam, como oferecendo chás tranquilizantes efeições calmas.

CadentWhere stories live. Discover now