Segunda Carta

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Dezembro de 2009

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Dezembro de 2009.

Lucas,

Dois meses...E ainda dói como o primeiro dia. Esse papo de que com o tempo ameniza ou que a gente ia voltar, é papo furado... Estou cansada de achar que as coisas irão voltar ao normal.

Já passei da fase do "por que", pois não sei se cabe alguma justificativa. Agora apenas me pergunto "como"?
Como você pode jogar fora tudo o que tínhamos? Como isso foi tão fácil para você? Como uma história como a nossa pode terminar do dia para a noite?

Sempre acreditei que o amor fosse o maior e o melhor dos sentimentos. Hoje eu sei que ele é o maior, mas não sei se é o melhor... O amor que me deu vida, é o mesmo que está me destruindo, aos poucos e dolorosamente. Como você pode me levar do céu ao inferno, com apenas algumas palavras?

Minhas perguntas ficam apenas aqui, pois nunca poderei te perguntar isso. Nunca mais haverá um "nós" ou um futuro pra nós dois. Eu posso sentir que dessa vez é diferente. Dessa vez não tem volta. Só que uma coisa eu te prometo, Lucas : você vai se arrepender, e muito, de ter me deixado.
Eu posso não te esquecer, mas eu vou dar um jeito de viver, ou ao menos, sobreviver, sem você! Eu aprendi a viver de amor, agora tenho que dar um jeito de aprender a viver com a falta dele...

Preciso começar a reagir, encontrar algo que me faça sair desse buraco que parece não ter fim. Me sinto em uma queda livre que nunca acaba, só me puxa mais para baixo, um buraco negro e sem fim. Sei que, para as feridas da alma, não há banda aid para remendar nem algo que impeça essa ferida aberta no meu coração, de sangrar, mas eu sei que posso, e devo lutar contra isso. Posso sufocar e mascarar essa dor.

Eu aprendi a viver de amor, mas não permitirei morrer pela falta dele. Não importa o tempo que demore, ou quanta dor eu tenha que encarar, eu vou suportar tudo e não vou me entregar. De um jeito ou de outro, eu vou superar. Meu amor pode ser enorme, mas minha determinação e teimosia terão de ser maiores.

Eu vou te amar para sempre, mas isso não quer dizer que eu tenha de sofrer para sempre. Se o amor da minha vida quer viver a vida sem mim, eu vou retomar a minha vida sem ele. Não vai ser fácil, mas não há de ser impossível.

Eu vou dar um jeito. Eu sempre dou.

Da que um dia foi sua pequena,
Rebeca.
💔💔💔


Mais uma carta... essa é mais curtinha, mas parece que a Rebeca está mais revoltada né?
Será que ela vai começar a reagir ou é apenas um rompante de momento?
Lembrando que deixei as cartas com erros propositais de Português, para deixar um pouco mais real.

Quem puder ouvir a música do capítulo é Bury me, do Thirty Seconds To Mars. Sério, a música é a cara da Rebeca!

Quando vocês querem a próxima carta? Deixem a resposta nos comentários e não esqueçam do voto, já estamos no ranking, só falta subir haha.

Vou deixar o link da música do grupo do Facebook, leitores da guerra, espero por vocês lá. Tem grupo no whatsapp também, venham participar!

Obrigada pela leitura, até mais 😘

Cartas de Rebeca (Degustação)Where stories live. Discover now