fake boyfriend | l.s version

❀ CHAPTER FOUR ❀

Harry não podia acreditar que chegara o dia. Finalmente ele e Louis estavam no trem indo para Homes Chapel. Seria uma hora e quinze minutos aproximadamente. Tinham que tomar dois trens, mas era bem rápido.

Do dia do selinho até o presente momento, tinha se passado uma semana. Ele e Louis se falaram nesse meio tempo, Harry esquecendo o selinho, já que estava no "contrato". Se sentia ridículo, estava esquecendo o que era tudo aquilo.

Louis tinha falado mais sobre de onde viera — de Doncaster, próximo de Leeds, onde havia o famoso festival que Louis fora uma vez com dezesseis anos. Falou das irmãs, o quanto Fizzy e Lottie era vaidosas, o quanto apostava que Dayse, uma das menores, acabaria ficando como as irmãs. Falou do restaurante que o pai tinha, como a mãe o ajudava e como queria um poder para comprar uma casa melhor para a família.

Àquela altura, naquele trem, ambos tinham informações o suficiente para não levantar suspeitas.

Ele só queria ver como as irmãs ficariam embasbacadas, Louis era mais bonito que o noiva de Gemma e o namorado de Ella juntos!

O pai de Harry iria os buscar na estação. O filho tinha comprado um presente e esperava que ele gostasse. Estava usando as alianças que Louis tinha — ele realmente era bom no que fazia — e decidiram não sair de mãos dadas, deixando isso para quando chegassem na casa. Mesmo assim, andariam grudados, com ar cúmplice e Louis havia lhe dado um segundo selinho quando desembarcaram, caso Des estivesse por ali.

Pelo sorriso do pai quando os encontrou na plataforma, não muito longe da porta onde desceram, ele tinha visto. Harry tinha avisado que levaria alguém para os dois conhecerem, evitando falar no grupo da família para as irmãs não ficarem mandando mensagens.

Des deu um abraço em Harry, saudoso depois de três meses sem ver o único filho.

— Sua mãe vai ter achar magro, se prepare. Olá! — disse se voltando a Louis.

— Papai, esse é Louis. — o apresentou, vendo o pai oferecer a mão, ao que Louis aceitou um sorriso simpático. Suspirou em pensamento para o que diria em seguida. — Meu namorado.

Des parou de imediato de sacudir a mão de Louis na sua.

— Oh. Ah, bem-vindo, Louis! — disse mais animado. — Que belíssima surpresa, Harry! Venham, venham! Sua mãe vai ficar radiante!

Harry deu um meio sorriso, ajeitando a mochila que tinha nas costas e a mala preta que tinha em mãos. Louis também tinha uma mochila e uma mala e os dois seguiram atrás de Des.

O caminho para casa foi tranquilo. O pai de Harry perguntou se Louis tinha ascendência na França, ao que garoto respondeu que sim, mais simpático do que Harry jamais o vira. Ótimo ator, ele deveria fazer artes cênicas.

O pai ficou animado, perguntando como dizia aquilo "na França" e Louis não corrigiu com o nome correto do dialeto, todo simpático.

A casa de Harry era simples, seu quarto era apertado, mas cabia outro colchão. Ele não sabia se mãe tinha algo contra dormirem no mesmo quarto, os namorados das irmãs nunca dormiam, só quando Gemma ficou noiva foi que seu noivo pôde dormir no mesmo quarto que ela e ainda assim, tinha que ser de porta aberta. Aparentemente, noivar era um sinal grande de maturidade e se ganhava algumas regalias.

Harry conduziu Louis pela porta lateral da garagem que se abria para o corredor que separava a sala da cozinha, da sala de estar, da lavanderia e da porta que dava para o quintal.

— Não é muito grande, apesar de eu e minhas irmãs termos um quarto para cada. — explicou.

Provavelmente ouvindo sua voz, a mãe saiu da cozinha enquanto enxuga as mãos em um pano.