fake boyfriend | l.s version

❀ CHAPTER SEVEN ❀

n/a: mais uma vez: obrigado a todo carinho com essa fanfic, eu não seria nada sem vocês! não há palavras para descrever o quão eu sou grata. a única coisa que dá para desejar é um foda 2017 e que só energias positivas tomem conta de nossos corpos! beijos e aproveitem o penúltimo capítulo de fb! <3

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Harry se recusava a atender as ligações ou sequer visualizar as mensagens de Louis. Liam observava o amigo que não dizia o que fosse do motivo de estar daquele jeito calado, um pouco zangado — o que era muito estranho, vindo de Harry.

Ele dormira mal, pensando no quão era idiota. A culpa daquilo tudo não era de Louis, era sua. Ele se deixara levar pelos beijos, pela convivência, pela voz, pela presença dele.

Louis nunca lhe prometera o que fosse. Era tudo parte do contrato, dados do cliente, qual era o seu problema? Era um idiota mesmo! O outro tinha ligado para si enquanto ele voltava para casa. Não atendera por raiva do que vira, mas agora, dia seguinte, não o atendia por vergonha.

Ver sua ficha tinha lhe acordado para a realidade. Por qual motivo alguém como ele, bonito e descolado, iria se interessar, de fato por si? O que sentiria de interesse da parte dele podia até ter existido. Talvez gostasse dos beijos, mas no fim do dia, para Louis, ele era só outro cliente. Uma série de dados anotados e fim.

O que esperava afinal? Como podia ser tão estúpido?

— É o Louis, não é? Quer que eu quebre a cara dele? — Liam sugeriu aquela tarde.

Harry deu um pequeno sorriso, balançando a cabeça.

— Não é o Louis, o problema sou eu. — respondeu.

A mãe no WhatsApp falando animada sobre o pudim que faria e que Louis amaria não ajudava muito. Não conseguira sequer comprar o bilhete de trem para ir para casa. Era ruim olhar para opção de quantas passagens desejava comprar.

Passou o dia enfurnado no quarto como uma garotinha chorosa — não tinha chorado, mas era o que parecia — sem ânimo para o mundo.

No dia seguinte acordou para a última prova que teria antes do natal. Os enfeites no caminho lhe davam má impressão. Pensara tanto em Louis no natal em sua casa, havia até planejado em conversar sobre os dois. Sequer existia um "nós dois", era ridículo.

Estava nevando naquela manhã, Harry todo encolhido embaixo de seu gigante casaco na mesma cor que suas luvas e calças, o olhar baixo. Faltava trinta minutos para a prova que seria na primeira aula e ele estava tranquilo quanto a ela. Quem dera se fosse seu maior problema.

— Harry.

Ele estremeceu. Aquela voz...

Olhou para a frente e viu Louis com um moletom cinza em seu corpo e mãos nos bolsos.

Ele fora atrás de si? Deveria ter mandado uma mensagem desfazendo o contrato? Não tinha como cancelar um evento depois de convidá-lo?

— Harry, vinte e duas mensagens não vistas, sete ligações não atendidas. — ele disse, se aproximando. — Você me deixou sozinho anteontem, não falou comigo mais, o que aconteceu?

Harry olhou para o chão branco pela camada de neve na calçada que se acumulara, o prédio onde estudava estava à direita, a poucos passos de distância e nenhum aluno se aventurava por fora dele por causa do frio que fazia.

O encarou novamente, o orgulho ferido, a vergonha crescendo.

— Bem... Eu fiquei envergonhado, por isso fui embora. — mentiu. Naquele dia sentira raiva de Louis, mas sabia agora de quem era a culpa. — Acho que me deixei envolver pelos beijos... Quando me toquei de que fui idiota, não tive coragem de ficar lá com você.