Capítulo 9

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Quando já não tinha mais fôlego nos separamos e eu não o encarei de imediato, virei para o barman e ele me deu mais uma dose, que eu virei em segundos, aí sim eu finalmente olhei para ele que me encarava.
— Vou te levar para casa. — Ele disse firme, não deixando margem para qualquer contestação.
— Preciso encontrar minha amiga. — Me levantei e saí a procura da Mel. Avistei ela com a língua enfiada na garganta de um cara. Tive que interromper, infelizmente.
— Mel, você consegue carona? Eu vou embora, se quiser pode ir comigo. — Comecei a ficar um pouco zonza.
— Eu te levo princesa! — O cara respondeu por ela, que prontamente aceitou me liberando. Voltei para o bar e Jake estava no mesmo lugar me encarando de um jeito malicioso que fez com que um arrepio percorresse o meu corpo. Andei cambaleando e quase caí conforme andava. Ele se levantou e veio até mim.
— Você está bem? Chega de álcool por hoje. — Comecei a rir da cara dele.
— Que bonitinho! Todo preocupado. Tá bom papai. — Continuei sorrindo.
Ele não disse nada, mas vi que estava se controlando. Me puxou pelo braço pela multidão até eu ver algo em vermelho piscar, estava duplo mas eu imagino que deva ser a saída. Fui escorada nele até meu carro e ameacei entrar no banco do motorista, mas ele foi mais rápido.
— O que acha que está fazendo? — Me olhou irritado e descobri que adoro o vinco que se forma em sua testa quando está bravo.
— Dirigindo o meu carro. — Sorri para ele.
— Não mesmo. Eu vou dirigir.
— Não. — Balancei as chaves.
Não pude nem pensar, em um minuto ele estava parado na minha frente e em outro me pegou pelas pernas e me colocou no ombro como um saco de batatas.
— Seu...seu homem das cavernas. — Ele me colocou no banco do passageiro com cuidado e pôs o cinto em mim.
— Sei que você adora esse homem das cavernas, pelo menos foi o que pareceu quando me agarrou lá no bar. — Cretino.
— Você que me beijou. E eu nem correspondi. — Respondi quando ele já estava colocando o cinto do lado do motorista.
— Não foi o que pareceu quando sua língua estava enfiada na minha boca. — Fiquei chocada com o que ele falou. Que indelicado.
— Acelera e fica quieto. — Olhei para a janela emburrada.
Ele o fez. E eu fiquei olhando o nada por um tempo, dando umas espiadas estratégicas quando eu achava que ele não estava olhando. Depois de um tempo eu consegui focar na estrada, e principalmente no fato de que eu não conhecia aquele caminho.
— Para onde está me levando? — Finalmente o encarei, mas ele continuava focado na estrada, apenas sorrindo de lado.
— Minha casa.

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Parece que o Jake não quer saber das desculpas bêbadas da Bianca não é? Logo tem mais capitulos.
Beijinhos 😘😘

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