Soldiers MC - Soldado Sem Alma

04

(Capítulo curto pq me esqueci de postar antes e estou morrendo de sono, mas amanhã tem mais! E um bem longo,prometo!)

Kenzie Red

— Vamos conversar lá fora Keen.—  Meu irmão tentou puxar meu braço para longe do alcance de seja lá quem estava me segurando.  O encarei com ainda mais raiva, uh queria ser discreto? Pensasse nisso antes de aprontrar, agora sua cara estava estampada em cada poste que encontrei.

— Não saio daqui até que você me dê uma explicação! — Bati o pé, geralmente ele conseguia me levar na conversa, mas desta vez não! Estava mais do que na hora de desatarmos alguns nós. Poxa,eu sabia que ele tinha problemas por conta de nossa infância, mas e eu ? Já imaginou se também saísse por aí fazendo o que me dá na telha usando a desculpa do pai fodido?!

Kyel ajeitou as roupas me fazendo o olhar com mais atenção, seu colete de couro foi como um tapa na cara. Olhou para trás por um segundo e fez sinal para alguém. Seu rosto vermelho por conta dos tapas e , acredito eu de raiva também, distorceu em uma careta de dor quando um rapaz apareceu ao seu lado e alisou suas costas. Fiquei meio sem jeito com aquele ato que me pareceu íntimo demais dada às circunstâncias.

— Vamos lá para trás é mais silêncio, e vocês terão alguma privacidade.— O rapaz apontou para além de mim, me virei para pedir para – seja lá quem ainda me segurava pela cintura – que me soltasse e perdi a compostura, se é que me restou alguma,engoli minha própria língua . Caramba que homem grande!

— Uhm, será q-que você ,uhm é é... Poderia me s-soltar?!  — Pois é, ótima hora para virar uma panaca e gaguejar. O cara riu e me largou. Bem,não antes de dar uma boa apalpada na minha cintura e um apertinho significativo. Alto, loiro, sexy como o inferno e incrivelmente abusado!

***

 

Kyel falou, falou e falou e eu não acreditei em uma sequer palavra que saiu da sua boca na última meia hora. Qual é?  Um dia ele sai de casa para ir para a faculdade e de repente seu caminho cruza com o do tal do Gun e do nada ele acha num clube de motoqueiros o sentido de sua vida?!

— E por acaso aqui não tem telefone? Além de uma repentina paixão por motos você também desenvolveu alergia a me dar notícias?

— Eu sei que vacilei, sinto muito! Nunca passou pela minha cabeça te magoar seja de qualquer forma. — Kyel falava doce e baixo, parecia realmente estar arrependido pela merda que aprontou, mas de alguma forma eu sentia que tinha uma coisa de  muito errada nessa história. Ele estava me escondendo algo... Não conseguia me olhar nos olhos por mais de alguns segundos.

— A polícia te deu como morto. — Chorei e seus braços vieram ao meu auxílio, agora a raiva tinha passado e dado lugar ao alívio por ter meu irmãozinho de volta. — Eu achei que talvez estivesse...

— Eu sei amor. Desculpa!

Depois desabafar e de dizer o que estava entalado na minha garganta ,Kyel  que não ousou abrir a boca até que eu terminasse ,chamou Gun para poder nos apresentar, o rapaz era super simpático e brincalhão me pediu desculpas pela falta de senso de meu irmão e contou que tinha mesmo o mandado me dar notícias algumas vezes. Tinha gostado dele, mas a relação dele com meu irmão – sabesse lá Deus qual era – me pareceu ainda mais estranha depois que eu anunciei que iria dar notícias a Wilde pois ela também estava super preocupada. Gun fez uma careta, como se eu tivesse soltado um pum na sua cara, ao ouvir o nome da namorada do meu irmão.

Kyel desconversou e saiu me puxando para o salão onde nós estávamos antes. Me deu algumas roupas suas que estavam na sua bolsa – preferi não perguntar o motivo– e me indicou o banheiro para que eu pudesse tirar as minhas encharcadas. Depois de devidamente seca e mais ou menos ajeitada,Kyel  pegou algumas cervejas no bar, com uma tal de de Emmy e me colocou sentada num banquinho perto da máquina de música. Eu não tinha deixado tudo para trás, ele teria que fazer bem mais do que algumas desculpas para me fazer esquecer . E uma hora teria que me contar toda a verdade que estava tão empenhado em me distrair para esconder.

Passamos algum tempo sentados conversando em como retomariamos a nossa vida apartir dali, contei sobre o apartamento e que provavelmente não teria mais um emprego também. Ele disse que eu podia passar a noite na casa de Gun, que era onde estava morando provisoriamente e que pela manhã dariamos um jeito em tudo.

Ele parecia muito avontade no meio daquelas pessoas, me apresentou várias delas que, apesar de muito assustadores na aparência foram super simpáticos comigo. Alguns mesmo brincaram sobre como eu tinha um gancho de direita e tanto.

— Então, não vai me apresentar a sua garota,Lost? — E lá estava ele; sexy e debochado, o bonitão que tinha apartado a briga. Estava me perguntando se não o veria mais...

— Não sou a garota dele! Sou a sua irmã mais velha. — Me aprecei em explicar e o ato saiu desesperado demais até mesmo para mim.

— Uhm bem, que sorte a minha então não é,irmã mais velha?

(Capítulo sem revisão)