19 | f u g i n d o ?

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estou sem tempo para procurar músicas :(

Bato a porta com força após passar pela mesma, ouvindo-a se fechar em um baque alto

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Bato a porta com força após passar pela mesma, ouvindo-a se fechar em um baque alto.

Tudo em mim ferve.

Meus Deus! A situação é pior do que eu pensava.

Minha situação.

Eu e Morgan nos aproximamos ainda mais nos dias decorrentes da nossa ida ao orfanato. Depois de eu me abrir, expondo para ela uma parte pouco conhecida minha. É claro que o que eu queria que acontecesse, depois de ter feito tudo isso, não aconteceu de fato.

Morgan não se abriu de volta. Não me contou nada. E, mesmo respeitando o tempo dela, não posso negar que isso não me frustrou um pouco.

Porque me frustrou.

Me frustrou pra caralho.

Eu estava disposto a deixar isso de lado por ora, entretanto. Essa frustração, por maior que fosse, não se sobressaía a vontade de estar com ela.

E esse é o problema.

Se me envolver, tendo pouco contato físico, já está sendo inevitável para mim, o que acontecerá depois que eu descobrir o quão delicioso é o estar dentro dela? Com ela?

O pensamento me deixou apavorado. Sim, apavorado.

É como ando me sentindo, na verdade. Desde que Morgan e eu começamos a nos envolver de uma forma emocional mais ampla, profunda, medo é o sentimento que assola meu peito todo santo dia.

A porra do dia inteiro.

A sensação é insuportável.

Mas tudo é recompensado depois, quando a ruiva se joga em meus braços e cola a sua boca na minha. Como no dia em que eu a levei até o antigo orfanato em San Diego - onde eu cresci, um dos únicos lugares que chamei de casa. Fiquei nervoso durante todo o percurso, além de quase engasgar enquanto contava para ela sobre a morte de meus pais. Não demonstrei nada disso, óbvio. Porém, de alguma forma, Morgan pareceu saber exatamente do que eu precisava, iniciando uma série de beijos assim que eu resolvi fechar a matraca.

E por algum motivo tudo pareceu valer a pena.

Cada pontada de nervosismo no peito.

Cada respiração descompassada.

Cada frio na barriga e tremor no corpo.

Cada luta interna.

Mas então, a ruiva quis ir em frente. Quis ir mais fundo. E céus, como eu quero isso. Eu nunca quis tanto levar alguma mulher para cama.

Penso nisso o dia todo, como um adolescente pervertido na puberdade.

Então, por que diabos eu estou fugindo de sexo? Pior ainda, de sexo com a Morgan?

Two Souls Where stories live. Discover now