capítulo um

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Jeongguk respira fundo pelo nariz pela primeira vez em meses. O ar fresco e limpo enche seus pulmões e ele exala lentamente. Seu hálito quente libera uma nuvem de névoa no ar frio. Ele ficou trancado na cela de isolamento por bastante tempo desta vez e ele se arrepende cada vez que é colocado lá. Ele promete se comportar daqui em diante, ele teve sorte de não ter sido acrescentado mais tempo à sua sentença. Mas, é o que ele promete todas as vezes.


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Park Jimin, policial vigia. Era o que dizia em seu novo e brilhante crachá. Jimin está na força policial há alguns anos e precisava de uma mudança. Algo diferente. Sua esposa o estava irritando, que ele não era mais o mesmo, que ele não era o Jimin feliz com quem ela se casou e se apaixonou. Era difícil permanecer o mesmo quando você tem um emprego que tira tudo de você, quando você sacrifica a sua felicidade para que outras pessoas possam ser felizes. Jimin sacrificou a sua felicidade por seus filhos e por seu pais. Seus filhos eram o que mais importava para ele, a única coisa que ainda o mantêm vivo neste momento. Jimin suspira e balança a cabeça, afastando seus pensamentos, e coloca seu crachá na camisa. Hyuna entra na sala, ela bufa e caminha até Jimin e ajeita o colarinho dele.

— Desculpa. Obrigado. — Jimin suspira. Quando ele olha para Hyuna, ele sente carinho e conforto, e ele a ama. Ele ama.

— Não fique tão nervoso, você ficará bem. Agradável à multidão, lembra? — Ela ri, e Jimin é momentaneamente transportado para a sua adolescência, quando ele dançou em uma mesa em um clube de strip em seu estado de embriaguez. Foi a única vez que ele fez algo louco e ficou tão bêbado, mas Hyuna viu tudo.

Eles eram amigos de infância, cresceram juntos pois suas famílias eram muito próximas. O sucesso e o status de suas famílias estava além de mensuráveis, por isso foi inevitável que eles fossem forçados a se casarem. Jimin sabia que os dois nunca se desejaram, mas mesmo assim concordaram porque eles eram fiéis, filhos obedientes e que sempre ouviam seus pais. Seus pais sabiam o que era melhor, afinal. Jimin ama Hyuna, ele realmente ama, mas ele apenas a amava como sua melhor amiga e confidente. Ela sabia o quão gay ele era, porque ele lhe confidenciara todas as suas paixonites do Ensino Médio e foi o mesmo com Hyuna. Mas aqui estão eles, casados (felizes), com dois filhos lindos e uma vida boa. Desde que eles estejam felizes, Jimin não terá problemas.

Os dois tentaram manter o relacionamento por tanto tempo, mas ele sabia que estava se desfazendo. Quando ele olhou para Hyuna, ele viu como ela estava cansada. Jimin se pergunta se o olhar em seus olhos é o mesmo.

— Papa, trabalho? — O menino de três anos estava puxando a sua calça. Jimin não conseguia acreditar na rapidez com que seu bebê estava crescendo. Jimin pega Minwoo e acaricia sua bochecha, então ele ouve um choro no quarto ao lado. Deve ser Jiwoo.

— Sim, bebê, o papai vai trabalhar hoje. — Ele murmura e o entrega a Hyuna com um beijo rápido, para que ele possa ir verificar sua filha.

Jimin gentilmente a pega e começa a balançá-la para que ela se acalme. Ela tem apenas alguns meses, mas Jimin não suporta vê-la chorando e ela raramente o faz. Ele é tão grato por ter filhos tão bem comportados, as duas crianças são as melhores coisas que já lhe aconteceram. Ela se aconchega em Jimin, seu pequeno rosto pressionado em seu pescoço enquanto sua respiração começa a se acalmar novamente, e ela apaga como uma luz. Ela apenas precisava do conforto do pai para se acalmar novamente. Ele dá um beijo de despedida nela e a coloca gentilmente no berço novamente.

— Está bem, eu já vou indo. Eu vejo vocês mais tarde.

Jimin pega um pedaço de torrada da mesa, rapidamente dá um tapinha no traseiro de Hyuna e acaricia Minwoo pela última vez antes de sair para o trabalho.

Dark Paradise » jikookWhere stories live. Discover now