Florescer

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N.A.: Sim, nesta fic os elfos insistem em chamar Azeroth de Kalimdor. Foi este o nome que os Titãs deram ao mundo, este era o nome pelo qual o chamavam quando surgiram e este é o nome pelo qual eles o chamarão sempre. Azeroth foi o nome dado pelos humanos e a existência deles é nova e efêmera perto da dos elfos.

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"Quem era o druida?" - Perguntou Freja Lunadaga, a mais velha do grupo, tentando aparentar pouco interesse.

"Quem disse que era um druida?!"

"Ah, sim, com certeza era só um corvo doido que resolveu agir como um gatinho de estimação!" - Kaylin Andafreixo a contestava com seu eterno tom de quem não faz a menor questão de ser levada à sério.

"É, e nós somos um bando de crianças inocentes!"

As sentinelas riam, os sabres da noite balançando-as em um passo sem pressa.

"Vai, conta pra gente!" - Dairelle Corrematas, a novata das batedoras, não podia disfarçar a curiosidade quase infantil.

"Nah..."

"Vai! Nós temos Kalimdor inteira pela frente, não vão sobrar muitos segredos entre nós..."

"E, olha só: você não precisa dizer, porque nós sabemos de tudo o que se passa no Monte Hyjal, é só pensar um pouco e eu já lhe digo..."

"Então está feito, Andafreixo! Se você acertar, eu lhe direi!"

"Perfeito! Alannaria, você que faz o mesmo turno de Mayan, com quem ela andou passando o tempo livre?"

"Não me ponham nessa bisbilhotice!"

"Pára de ser chata!" - Dairelle choramingava com sua vozinha esganiçada.

"Diga lá, Garraprata, Mayan não é tão discreta assim!"

Alannaria olhou interrogativa para Mayan. Ela era sua melhor amiga havia séculos e era uma dessas raras pessoas que sabiam guardar segredo. Mayan, porém, não estava realmente preocupada em esconder seu novo relacionamento. Afinal, ela tinha assumido um compromisso com Lahal e, sempre que possível, eles seriam vistos juntos. Se limitou a rir para a amiga, como que dizendo-lhe que não se importava se ela quisesse contar qualquer coisa.

Alannaria suspirou alto, lamentando a curiosidade imatura das colegas, mas falou:
"Comigo! Mayan passa o tempo livre comigo. E, bem... Não recusamos a companhia dos rapazes do Gadanho... E de... Tiel Feralâmina!" - O rosto de Alannaria se acendeu - "Mayan! Você e Tiel..."

"Não!" - Ela balançava a cabeça rindo da teoria precipitada da amiga.

"Mas... Você está sempre pendurada no balcão da couraria e o que me diz dessas novas botas, hein?" - Agora era ela que revelava a curiosidade.

"O que eu posso lhe dizer? Se ele se esforçou por conseguir couro de falcodrago, é porque é um esfolador experiente e quer desafios. Além disso, ele não deixou de ganhar: você sabe o quanto pagam pelas presas e pelo sangue!"

"De qualquer maneira, Tiel não toma a forma de um corvo! Mas estou anotando mentalmente o fato de ter conseguido botas de falcodrago. Aquele paquerador me deve umas também!" - Acrescentou Dairelle.

"Então... Druidas do Gadanho, hein, Negraugúrio..." - Provocou a líder do grupo.
Mayan abaixou a cabeça, tentando conter o sorriso.

"Ééééé!!! Qual deles, Alannaria?!"

"Vejamos... Verian? Não, outro dia você disse que o acha egocêntrico. Adanion... Você não tem nada contra ele... Lahal, talvez... Vocês conversam bastante. Gwidion? Hmmm... Não, acho que não. São só esses que costumam nos acompanhar..."

Augúrios da NoiteWhere stories live. Discover now