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LOK E RIANA

Os olhos negros miraram o teto na mesma hora em que os primeiros raios de sol do belo dia, que estava prometido, cortaram o quarto do belo e moreno alfa da matilha Negra. Lok Takoda era um homem alto ostentando seus quase dois metros de altura em sua forma humana e quase três metros quando estava em sua forma animal. Sim! Forma animal, levando em conta que Lok era um lobisomem, ou melhor, um Shifter. Shifter, nada mais é do que um homem que se transforma em lobo independente da lua cheia como é dito em muitos contos. Possuem velocidades e habilidades sem iguais. Sem contar que, no caso da matilha Takoda, alguns ainda eram descendentes de índios. O alfa era um deles.

O moreno de pele, quase avermelhada, levantou da cama deixando o seu corpo nu exposto aos olhos da mulher que ainda dormia ao seu lado. Lok seguiu para o banheiro, entrou no boxe, abriu o chuveiro e sem esperar que a água esquentasse por completo entrou de baixo da água, gemendo ao sentir seus músculos reagirem ao líquido frio. Lok Takoda ostentava os seus 28 anos na idade humana e 200 anos na sua idade Shifter. Podia parecer muito, mas ele ainda era um bebê levando em consideração que ele viveria até os seus 1000 anos de idade.

Um suspiro de insatisfação saiu dos lábios de Lok. Ele estava cansado da vida que levava. Eram mulheres diferentes por noite, cada uma mais louca e vazia que a outra. Ele sabia que a sua companheira, que dividiria a eternidade com ele, andava perdida por aí, e ele necessitava encontrá-la. Já tinha passado o tempo de farrear e brincar. Por muitos anos ele nunca ligou para isso. Pensar em estar com a mesma pessoa pela a eternidade o apavorava. Sempre achou linda a relação do seu pai Bill, antigo alfa, e a sua mãe Sarah. Contudo, nunca acreditou que era um homem de uma pessoa só. Mas depois de anos naquela vida libidinosa, Lok entendeu que um lobo não foi feito para ficar sozinho.

Lok saiu do chuveiro o desligando, pegou a toalha pendurava na porta e enrolou em volta da cintura. Não havia muito para onde fugir, mesmo que a conquista da noite ainda estivesse deitada em sua cama. Lok respirou fundo e saiu do banheiro, a água caindo dos seus cabelos bem em seu peito.

— Bom dia. — A conquista da noite passada estava sentada no meio da cama sorrindo. Ela era bonita e ficava ainda mais lindas com os lábios vermelhos e as marcas de mordidas pelo o corpo. A visão fez com que o membro de Lok sob a toalha começasse a criar vida.

Ele era homem acima de tudo!

— Bom dia — ele a cumprimentou enquanto seguia para o outro lado do quarto. Lok abriu o guarda-roupa e pegou a boxer e suas calças cobrindo seu corpo imediatamente.

Como alfa da Matilha Takoda, Lok tinha coisas a resolver e mesmo que a vintade fosse de ficar na cama e suprir o desejo que a mulher despertava em seu corpo, Lok presaria por seus deveres com seus companheiros. Lok levou a tolha aos fios molhados e os secou, bagunçando quase que imediatamente. Ele se virou e sorriu ao ver que a sua convidada o devorava com os olhos. Lok caminhou até a ponta da cama, apoiando as imensas mãos sobre o colchão, ao lado do corpo da mulher e se aproximou mais.

— Temo que você terá que ir embora.

A mulher abriu os lábios esperando um beijo quando Lok quebrou um pouco mais o distanciamento entre eles, mas as mãos do alfa se fecharam em volta das roupas da mulher e ele as colocou sobre o colo dela.

— Não podemos repetir a dose?

— Sinto muito. — Com delicadeza Lok retirou as mãos da mulher do seu pescoço e se inclinou depositando um singelo selinho nos lábios vermelhos dela.

Lok se virou pronto para deixar o quarto, mas suspirou pesadamente retornando a sua posição inicial mirando os olhos azuis da mulher a sua frente com intensidade. Os olhos do alfa emitiram um brilho estranho e em segundos os olhos da loira a sua frente ficaram sem foco por breve segundos.

MATILHA NEGRAWhere stories live. Discover now