I Remember You! •Jikook•

VII

Boa leitura

Pânico.

Tudo o que eu estava sentindo nesse momento era pânico. A dor no peito e a dificuldade de respirar era tanta que caí no chão, agoniado com aquela sensação horrível. Não sabia o que estava acontecendo e o porquê, mas não conseguia mexer nenhum músculo.

Ouvi aquela risada estranha que vinha ouvindo quase toda noite, bem no momento em que fechava meus olhos e tentava dormir. Aquele som era perturbador e minha mente criava imagens de quem eu não conhecia, mas ele sempre estava ali, tentando me pegar.

— Você não pode se esconder de mim. – Tentei me mover e sair correndo, mas ainda continuava deitado. Não consegui nem ao menos pensar em uma maneira de me levantar e correr para longe daquela figura. Tentei gritar, mas não emiti um único som. Eu não tinha voz e ele parecia se aproximar mais e mais. Comecei a tremer assim que senti suas mãos geladas tocarem meu pescoço, o suór escorrendo de minha testa até meu queixo, minha visão ficou turva de repente...

Jimin finalmente acordou daquele sonho. Bem... ele não diria que foi apenas um sonho, considerando que sua respiração ainda estava acelerada e o medo se fazia presente como antes. Também não sabia se aquela sensação que teve era de alguma possível lembrança, era algo incerto.

— Bom dia. – Sua mãe entrou no quarto, arrumada, provavelmente ela iria sair. Mas assim que olhou o filho com aquela expressão de medo, se aproximou rapidamente e se sentou ao seu lado. — Filho, aconteceu alguma coisa? Você está pálido. Está sentindo dor?

— Mãe, eu quero saber o que realmente aconteceu naquela porra de acampamento que todo mundo tá escondendo de mim. – Começou a falar, irritado. Por que todo mundo evitava falar sobre o que aconteceu?

— Olha a boca garoto, eu sou sua mãe. Em primeiro lugar, ninguém está escondendo nada de voc-

— Está mentindo, Todos vocês estão. Jackson não conseguiu esconder isso, ele é um péssimo mentiroso. – Se levantou, passou as mãos pelo rosto indignado com aquilo. Já estava tão cansado que nem conseguia mais esconder. — Eu sei que meus amigos morreram, eu sofri um acidente e perdi parcialmente a memória que sabe-se lá quando vai voltar, meu melhor amigo tá internado e a floresta foi incendiada, além dos atuais assassinatos.

Sra. Park se impressionou com o comportamento do filho, ele geralmente evitava falar muito quando estava na presença dos pais mas, agora, tudo o que ela via era um garoto chateado e com atitude.

— Querido, o próprio médico disse que isso poderia causar um grande choque em você e suas memórias iriam voltar no seu tempo. Você só tem que ter paciência.

— Paciência foi tudo o que eu tive nos últimos dezessete anos da minha vida. E se nenhum de vocês estiver disposto a me contar, eu mesmo vou descobrir sozinho.

— Jimin, estamos fazendo isso pro seu próprio bem.

— Ah, então esconder coisas sobre mim é para meu bem? Por favor saia do meu quarto, eu vou me trocar. – Se virou de costas para a mulher que mesmo chateada saiu, o garoto negou com dor de cabeça e se sentou novamente na cama, ainda bagunçada.

Tinha que ter algo sobre isso na internet, por isso não exitou em pesquisar tudo. Mas o que achou foram apenas informações sobre as pessoas que haviam morrido, inclusive um assassino muito procurado. Estranhou, não se lembrava ter ouvido falar dele antes de tudo aquilo ter acontecido. Quer dizer, não ouviu mais se falar sobre os crimes que ele cometia ou coisa do tipo, mas depois desse desastre todo começaram a falar dele novamente.

Mas mesmo assim, não eram informações tão importantes como esperava. Observou a foto dos amigos e se sentiu triste, o coração apertou ao ver que não iria poder recuperar aquilo, eles que estavam presentes desde a infância simplesmente haviam ido e nem ao menos lembrava se estava com eles.

[...]

Chaeyoung estava há horas esperando Kyungsoo aparecer com os relatórios, mas estava começando a achar que ele se perdeu no caminho. Porém, não podia ir atrás dele. Isso levantaria suspeitas da parte dos outros policiais. Não estava mais aguentando esperar, e quando decidiu ir atrás dele o mesmo apareceu bem a sua frente, mas sem nenhum papel em mãos.

— Me diga, onde estão?

— Noona, eu não consegui achar nenhum relatório importante, nem mesmo na sala do senhor Kim. Ao que parece, são confidenciais e engavetados, mas ouvi do Hyunjin que eles irão abrir esse caso novamente.

— Hm, Isso é uma informação extremamente importante. Mas porque eles vão abrir novamente se já disseram que foi encerrado?

— Eles estão querendo investigar os casos atuais que são um pouco semelhantes com os do relatório. Sobre aquele serial killer. Talvez ele não tenha morrido e por isso vão fazer uma investigação mais a fundo. – De fato era uma informação importante para Chaeyoung. Se seu chefe deixasse, ela mesma adoraria ir investigar. Mas não, ele queria deixar para os policiais que puxavam seu saco, e muitas das vezes nem o faziam direito.

— Estagiário Kyungsoo, você merece um jantar. Mesmo que não tenha trago os relatórios, isso foi de extrema importância e se lembre de ser discreto ao extremo. Não queremos perder nossos cargos, certo?

— Certo.

Ela já podia sentir uma satisfação enorme em pegar aquelas pontas soltas e ligá-las para ter um fio completo, assim dariam um fim naquele mistério. Mas a pergunta que não queria calar era: Por que o senhor Kim engavetou aquele caso? A única coisa que pensava era que ele era um egoísta e queria deixar o trabalho mais difícil para suas marionetes, para então apresentar ao departamento e subir de cargo como sempre quis.

Ela não suportava ele, sempre queria mostrar que era melhor que todos eles simplesmente por ser mais velho e ter mais experiência, mas não importava, a oficial Hong Chaeyoung faria questão de esfregar na cara dele que ela iria desvendar aquilo primeiro.

Mas agora, ela tinha um trabalho mais importante; Falar com as vítimas que sobreviveram.

Interação: Voces assistiram a nova serie da Netflix? Young Royals? Se não, assistam pra Netflix renovar essa obra prima, EU RECOMENDO MUITO

tô indo, vou tentar não demorar tanto da próxima vez 🥰♡