Uma semana depois...
Abri a porta de casa não querendo fazer barulho, pois minha mãe estava ali, e imagino que estivesse dormindo. Já deveria ser madrugada.
Fui até a sala, na expectativa de saber se era ela com o aspirador de pó ligado, mas acabei rindo ao perceber que era apenas minha Avó dormindo e roncando.
Sabem aquelas cenas de desenho animado onde o personagem está dormindo, e então quando ele solta o ar para respirar, o personagem ronca alto e o teto voa, voltando a posição anterior em seguida e o ato se repete até o mesmo acordar?
Pois então. Quando Nana dormia assim, parecia que ela ou iria sugar todo o ar do planeta, ou estava prestes a morrer com uma convulsão, ou queria destruir casa, pois literalmente; tudo tremia com o ronco dela.
Ela virou de costas e ouvi um barulho desagradável, em seguida um fedor fora do normal, que me fez correr para fora da sala enquanto me abanava. Deus, eu iria desmaiar. Pode ver que a louca comeu maconha estragada.
Fui até a geladeira e abri, tirando uma jarra de água logo em seguida, e então deixando sobre a pia. Me assustei ao virar e ver um homem parado na porta. Ele vestia apenas uma cueca vermelhinha. Ele era bem bonito, para falar a verdade. Parecia estar na casa de trinta anos de idade. Mas nem por isso abaixei a guarda.
Peguei uma faca na gaveta ao meu lado, e o homem apenas sorriu largo.
- Você deve ser a Camila. - Ele falou. Levantei uma das minhas sobrancelhas.
- O que você está fazendo aqui? Porque está vestido assim? Quem é você e como sabe meu nome?
- Vai me cadastrar no bolsa família? Jesus, quanta pergunta.
- Eu tenho uma faca, ainda luto capoeira. Você não brinca que eu não sou tuas nega. - Ele sorriu.
- Okay. Eu sou Cauã. Desculpe aparecer assim, não sabia que você estava aqui.. - Assenti.
- Okay, Cauã. O que faz aqui?
- Karla, eu transo se você não lembra. - Minha mãe disse, enquanto brotava na cozinha. Fiz uma cara de nojo realmente grande. - Reymond... vai para o quarto. já volto... - Ela sorriu maliciosa. O 'garoto' devolveu o ato, e logo nos deixou a sós. - Você tem que parar de implicar comigo.
- Avise quando trouxer alguém, porra, mãe! Eu quase o matei com essa faca!
- Estou lisonjeada que você estava prestes a tentar salvar sua família, mas largue essa merda.
- Não iria salvar vocês. Iria matar ele e fugir... sei lá, para a Coréia. Só pensei que ele poderia ser um maníaco... vai que ele quisesse meu corpinho nú.
- Não acha que já tem problemas o suficiente para lidar com asiáticos?
- Eu superei.
- Claro, aposto que agradece todos os dias por comer sua namorada. A história de vocês é existente por causa do seu pau. - Gargalhei. - Eu ainda vou conseguir vibradores do seu tamanho para a loja. Iria vender tanto... eu podia nomear o produto de Karlaconda.
- Sinuhe, você não presta.
- Me respeita que sou sua mãe. - Ela sorriu. Tomei minha água com calma, percebendo Sinuhe andar pela cozinha enquanto eu o fazia.
- Quantos anos ele tem?
- Vinte e seis. - Cuspi a água que eu tomava e Sinuhe riu. - Você vai limpar o chão agora. Que foi? Acha que não sei procurar banquinho bom de sentar? - Minha mãe completamente ironizou e maliciou "banquinho", o que me fez ligeiramente sentir algo voltar na minha garganta.
- Deus, Sinuhe...
- Sinu... - O tal Cauã voltou. - Eu acho que já deu... eu estou sentindo que está caindo e isso é desconfortável...
- Caindo? O quê?
- O plug da bunda dele. - Minha mãe falou simples. Outra vez senti tudo voltar, mas não permiti sair. - Espere deitado na minha cama. Já vou fazer ligamento para você. - O 'garoto' sorriu malicioso, e antes de sair da cozinha foi até minha mãe e deixou um tapa na bunda dela, sussurrando um 'gostosa' antes de sair.
- Vou nem falar nada. Aproveite sua noite, mãe, só não esqueça que sua filha dorme no quarto ao lado-
- Tipo você faz quando traz a Lauren? Karla Camila, eu posso ter idade, mas com ela vem experiência e não sou burra. Só por causa de você, vou gemer alto. - Corei.
- Absurdo, Sinuhe.
- Não te julgo por transar, não vem dizer no meu ouvido o que tenho que fazer. - E então ela jogou os cabelos, saindo da cozinha em seguida. O tal Cauã logo apareceu de volta.
Foi até mim e apertou minha mão, me fazendo ficar completamente enojada.
Vai saber onde aquelas mãos estavam antes?!
- Desculpe por isso, fui um mal educado. Sou Cauã Reymond, é um prazer te conhecer, Camila, sua mãe fala um pouco bem de você. - Sorri falso, soltando minha mão e limpando na minha calça. Ele apenas sorria, felizmente não percebendo minha falta de educação.
- Prazer. Uma pergunta simples; com o que você trabalha?
- Sou modelo. De cuecas e sunga. - Ele mexeu o peitoral e confesso, aquilo me assustou. Assenti lentamente, e em seguida ele saiu. Só então vi as marcas de chicote nas costas dele.
Jesus, Sinuhe
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Wishes - Camren
HumorMeio que um repost de wishes, versão original camren (da @yolandally). Eu não quero gerar nada com isso, só queria deixar salvo aqui, porque pra mim foi uma historia que me fez rir demais quando eu tava numa fase bem ruim, essa marcou bastante o fan...