Complexo do alemão | babictor

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Coringa 💸

Bárbara colocou ilusão do filipe ret, e tá igual uma doida cantando. Ela bêbada é muito engraçada mlk, eu tô rindo baixinho com ela cantando.

A música acaba e ela coloca libertina, também do filipe ret, eu batucava os dedos no volante ao ritmo da música, e ela só estava cantando.

"A gente se encaixo feito peça"

"Gostei de você a bessa"

Ouço esse refrão e olho pra Bárbara, ela estava com as mãos pra fora do carro cantarolando. Falta menos de 20 minutos pra chegarmos no alemão e a babi tá toda animadinha.

Eu poderia transar com ela? Sim.

Mas eu não sou desses, eu quero meter nela consciente que está sendo fodida pelo homem que ela bateu no peito e falou que nunca ficaria.

Ela segura minha mão e continua cantando. Amanhã ela vai acordar com uma ressaca da braba kkk.

🃏

Já chegamos no alemão, vou levar a Bárbara pra algum dos meus barracos que tenho pelo morro, não confio 100% nela pra levar ela pra minha casa, não mesmo.

A única mulher que pisou naquela casa, foi minha madrinha.

Ela vai lá toda a semana limpar, claro que eu pago ela pra isso, ela não gosta quando eu dou dinheiro pra ela sem ela não ter feito nada, e como ela sempre tava limpando minha casa, chegamos num acordo de eu pagar 500 reais pra ela todo mês.

Carolina nunca foi lá, então porque a Bárbara iria?. Não vejo necessidade então levo ela pra algum dos meus barracos mesmo.

Levo ela pra uma casa que eu tenho que é no meio do morro, fica bem no meio da subida. A casa tem um quarto, um banheiro, uma cozinha e uma sala, uma coisa bem simples.

Estáciono o carro na frente da casa, Bárbara sai do carro tropeçando, solto uma risada e ajudo ela a entrar na casa. Tiro seu tênis e pego ela no colo levando ela em direção ao quarto.

Ela só resmungava, e eu ria da cara dela. Jogo ela na cama e entro pro banheiro pra tomar banho, só espero que essa maluca não entre no banheiro, porque eu não vou conseguir me controlar.

Passa uns 10 minutos e eu saio do banheiro, olho pra cama e a mesma estava deitada de bunda pra cima, cochilando.

Coloco um calção e fico sem camisa. Subo pra laje e fumo uma traga de maconha, isso me acalma tanto. Me relaxa ainda mais tendo a vista do meu morro.

É tão estranho falar meu morro, eu cresci aqui, e desde sempre o ph era dono dessa porra toda, ele não queria que eu seguisse o mesmo caminho que ele, mas acabou que com a morte da taina eu tive que tomar a frente.

As pessoas me odeiam por isso, elas dizem que não a amava, e que eu só estava esperando a taina morrer pra tomar o morro pra mim, se eue realmente pudesse escolher entre a vida dela e esse morro.

Com toda a certeza do mundo eu escolheria ela, eu amava muito ela.

Termino meu cigarro e deço lá pra baixo.

Entro no quarto e quando vou ver bárbara estava deitada no chão, provavelmente caiu da cama. Que vida triste a minha não?.

Pego ela no colo e a coloco na cama, ela me puxa pelo ombro e me faz cair em cima dela, ela passa seus braços sobre meu pescoço me fazendo sentir o cheiro do seu perfume doce.

Tento me levantar mas ela me puxa.

— deixa eu sair bárbara!

— fica aqui comigo, eu tive um pesadelo de novo

— como assim? - pergunto curioso

— eu vi eles coringa - ela começa a chorar me fazendo ficar sem reação

— eles quem bárbara?

— meus pais coringa - ela diz em meio de soluços

— oq aconteceu no sonho?

— minha mãe dizia que a culpa era minha, e meu pai me olhava com desgosto

— calma bárbara, eu tô aqui relaxa - tento acalmar a mesma mas falho, ela tava muito nervosa

Acho que ela estava tendo uma crise de pânico ou de ansiedade, ela estava ficando sem ar.

— bárbara você precisa respirar, presta atenção na sua respiração - me levanto e a mesma me abraça

Eu não gosto muito de contato físico, mas porra oq eu ia fazer a mina tava tendo uma crise de pânico, e era três da manhã, minha madrinha tá no quinto sono.

— bárbara respira fundo você consegue caralho - me levanto e vou correndo na cozinha pegar um copo d'água pra ela — tomar, tenta se acalmar não foi culpa sua oq aconteceu! Foi só um pesadelo

De alguma forma eu entendo a bárbara, eu me culpo todos os dias pela morte da taina, tenho pesadelo direto.

Ela bebe a água e consegue controlar sua respiração. Eu abro um sorriso de alívio e ela me abraça.

— obrigada

— de nada agora deita que eu vou ir colocar isso na pia e já volto - me levanto da cama e vou na cozinha

Bebo um pouco de água, e volto pro quarto. Bárbara estava mesma posição, sentada na cama abraçando suas pernas. Apago a luz e me deito do seu lado, puxo a coberta e me cubro e depois cubro ela.

Ela estava virada de costas pra mim mas depois se virou pra mim me olhando, ela abraça minha cintura e eu fecho os olhos. Parecia que eu havia voltado no passado e que eu estava ali com a taina de novo.

Eu tô sentindo o mesmo sentimento de quando eu deitava com a taina, eu sentia que eu queria proteger ela de toda a maldade do mundo. Eu não sei porque mas eu tô sentindo isso pela Bárbara, eu quero proteger ela.

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