✞︎⁴Stay

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Você é a minha respiração, preciso de fôlego para se colocar em palavras, por favor fique viva.








A autoculpa é a autopensenidade estagnadora dominada por emoção moral, complexa, incômoda e imatura, relacionada com a autopercepção do descumprimento de normas ou princípios éticos aceitos ou impostos à consciência, para viabilizar o convívio interconsciencial.

Eu não faço nada certo.

Eu sempre vou estragar tudo.

Tem algo de muito errado comigo.

Eu não sirvo pra nada.

Olhou o céu molhado pela chuva forte que caia, as gotas que batiam em sua pele e o som alto do trovão fez ela viajar um pouco no tempo. Aparentemente ela está bem, mas ela ainda se sentia culpada por aquilo. Mas naquelas condições nada funcionaria, ela iria aproveitar sua queda e não aconteceria nada a seu corpo, mas talvez ela pudesse sentir algo a mais. "O que eu achava que iria acontecer se me jogasse?" pensou olhando a ponte que sempre voltava em sua mente.

A um tempo atrás.

- Gahyeon! Vamos no Inter classe, Oliver vai dar uma festa logo depois dos jogos.- Gahyeon olhava com desespero para a porta de seu banheiro, viu seus braços sujos daquele mesmo líquido vermelho viscoso. Richard era seu irmão gêmeos mais novo, ele sabia de todas as coisas que a garota passava em silêncio.- Gahyeon?

- E-eu não vou!- Falou rapidamente.

- Abre a porta.- Insistiu, ela timidamente abriu a porta ainda tentando esconder inutilmente os braços. O menino de olhos castanhos e cabelo preto liso olhou para ela sério mas ainda sim com cuidado, pegou as mãos dela e ligou a bica na água corrente. Pegou ataduras no outro lugar, pegou algumas outras gases e no fim ele apenas puxou ela para se sentar na cama.

- Richard..- Ele não respondeu, apenas saiu alguns minutos e voltou com roupas casuais se sentando no lado dela, além de algumas balas azedas e biscoitos.

- Tem vário filmes legais, eu posso pegar os meus DVDs para a gente ver.- Ele sorriu para ela, pegando na mão da menina.

Gahyeon se sentiu tão amada naquele momento, deitou confortável no peito do menino deixando uma lágrima solidária sair junto com toda pressão que sua mente sofreu esse tempo todo. O garoto sussurrou para ela ainda segurando bem forte em sua mão.

- Estou aqui.



[•••]



Gahyeon despertava quando sentiu presença de Handong em seu lado, a garota estava com uma lata de refrigerante e um sorriso de orelha a orelha.

- Isso é gostoso!- Ela bebida fazendo uma pequena casinha para a água da chuva não cair dentro de seu refrigerante.

- Yubin era viciada nisso.- Gahyeon ria da empolgação da garota ao beber.- São mais parecidas do que imagina.

- Não mesmo.- Handong analisava melhor a garota ao seu lado, ela tinha um belo sorriso mas um olhar profundo.- Está se sentindo mal.

- Não estou.- Mentiu.

- Isso não foi uma pergunta.- Handong botava uma de suas mãos para fazer massagem em suas costas, era uma forma que Gahyeon tinha de demorar carinho que agora Handong queria fazer igual.

- Sabe.. quando Yubin contou sobre o acidente, eu acho que foi a minha primeira morte.- Suspirou sentindo a mão leve de sua namorada.- A segunda foi no dia que te vi cair no chão.

- Ainda se culpa, não é?- Handong viu a menina desviar o olhar.- Não foi sua culpa, eu estou bem amor.

- Eu não sei porque me essa memória me atormenta, assim como todas as outras do meu passado humano.. acho que deveria fazer igual Minji ou Yoohyeon.. ir no psicólogo, tentar seu humana mais um pouco.. mas eu simplesmente não quero voltar.. não sei se está me entendendo.- Gahyeon pegou a mão de Handong que estava em sua nuca e olhou a palma dela fazendo um desenho imaginario com a ponta do próprio dedo.

Deja vuWhere stories live. Discover now