✞︎⁶Afraid

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Medo é a maior porta de entrada para monstros interiores.

















Medo. Aquele sentimento que corrói é machuca por dentro, um sentimento completamente fora daquilo que se acha comun, um sentimento que carrega um pouco de desespero. O clima estava frio, tudo parecia desabar aos olhos molhados e tristes daquela pessoa "Monstro! Demônio!" O homem dizia para a garota sentada no meio da rua, com aquela leve garoa fina de chuva que caia. Ela não entendia, sequer compreendia, era tudo muito intenso, as lágrimas em seus olhos anunciava o desespero, mas não o desespero dela, mas sim da entidade de seu batismo.

Todo aquele lugar, todas aquelas pessoas mortas com os olhos arregalados e bocas abertas anunciava um lugar propício para o paranormal. Mas o batismo era isso, aquela entidade conseguiu o que queria, através daquela ocultista ele levou sua essência para o mundo real e agora tinha um homem chorando em meio ao medo e desespero, segurando sua esposa nos braços que estava completamente sem vida com os olhos arregalados e boca aberta, com a sua filha jogada em meio a rua. "Velhos malditos!" Pesou o homem, ele sempre soube que tinha algo de errado com sua filha só pelo que os avós faziam. Mas a menina se manteve ali, olhando com lágrimas da entidade de seu batismo.

Siyeon achou engraçado, ela estava sentada no meio fio sentindo a chuva engrossar. Ela se levantou andou em passos lentos para o lado da menina que tinha aquelas lágrimas grossas, ela respirou fundo e olhou para Siyeon que se sentou ao seu lado.

- Você.. disse que iria ajudar.. essa porra.. piorou tudo.- Yoorim falava com todo ódio, com toda angústia.

- Eu não posso mudar a porra da sua natureza.- Siyeon falou friamente.

- Como não!?- A Heo se levantava em ódio, seus olhos começavam a ter uma cor diferente, ele começava a ficar vermelhos. Siyeon se levantava na mesma hora, ficando de frente a garota.- Você fez isso!

- Eu não faço todas as entidades garota, eu dei apenas o controle dele, deveria me agradecer.- A garota chorava, chorava em sangue, seus sentimentos se misturavam com a euforia de ter tirado todo o sangue daquelas pessoas.

- Você me fez gostar dessa porra, graças a você.. meu pai está me chamando de monstro!- Siyeon sorriu novamente, aquele sentimento de insanidade deixou ela alegre.- PARE DE SORRIR!

- Eu não movi um dedo.. quando você matou todas aquelas pessoas..- Yoorim olhou em volta, tudo parecia levar a uma grande piscina de sangue, aquela água quente batendo em seu rosto era tão intenso, que tipo de entidade era aquela.- Veja isso, todas essas mortes, não é lindo?

- Fique longe de mim..- Yoorim sentiu sua voz engrossar justamente com aquilo que consumia sua mente, ela estava a beira da loucura.- Fique longe de mim!

- Sinta mais um pouco, você consegue, você é uma porta para o medo perfeito.. eu amo você Yoorim!- Siyeon falava com a voz esganiçada, era aterrorizante. Pegou no rosto da menina fazendo ela olhar em seus olhos que morava o abismo do medo, era prazeroso ficar ali.. sentindo.- Sinta, sinta, sinta isso! Faça o mais perigoso pedido, me deixe mais poderosa!

- Não, não... socorro!- A garota tentava sair, ela tentava de alguma forma fugir mas ela queria, no fundo ela queria aquilo.

Porra de natureza sombria.

Siyeon, você não melhora nunca.

Bora estava mais distante olhando aquilo tudo, depois de Siyeon acabar com seus planos mais uma vez elas tiveram uma briga onde Siyeon a ameaçou de morte.






[A algumas horas atrás.]

- Você definitivamente perdeu a cabeça.- Bora falava incrédula, puta da vida, extremamente cansada.- Por culpa da sua insolência, perdi mais um caso que poderia se resolver. Além de Gahyeon ter ficado doente, nos iríamos fazer uma festa depois de tudo lembra?

Deja vuWhere stories live. Discover now