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Larissa Dutra Sexta-feira • 8:30 AM
Termino de me arrumar para a faculdade,pego minha mochila colocando nas minhas costas e tranco meu apê.
— bom dia senhor Antônio - sorrio.
— bom dia menina! boa sorte lá na faculdade - diz fofinho e eu agradeço.
Tô com vários seminários essa semana,um verdadeiro caos,como a Lívia já terminou a dela,os dias que eu e a Rebeca precisaríamos ir ela ficava na clínica direto.
Eu chegava a estar arrancando meus cabelos de ansiedade para me formar logo.
— Larissa........- pulo de susto ao ver Lucas do lado de fora do prédio.
O mesmo estava com uma aparência completamente desgastada,a barba por fazer,o cabelo grande, os olhos completamente vermelhos e as roupas sujas.
Carregava a mochila que sempre usava no serviço e me olha com um sorriso,confesso que morri de medo.
— Lucas? tá fazendo o que aqui? - pergunto dando uns passos para trás,quero distância.
— eu vim te ver,te dei um tempo amor.....quero voltar - fala embolado,ele fedia a cachaça,e com certeza não estava puro.
— a gente não vai voltar Lucas,eu não pedi tempo nenhum,eu terminei o que a gente tinha - falo seca lembrando automaticamente de tudo que eu passei, vendo sua cara se fechar.
— eu errei! já admiti várias vezes,olha como que eu tô.....você acabou comigo - diz um pouco alto,abrindo sua mochila e tirando simplesmente uma PEDRA,devia ser do tamanho de uma caixa de bombom,só que era de cocaína.
Não era culpa minha.
— eu não acabei com ninguém! foi você que acabou consigo mesmo,agora me dá licença.....e me deixa em paz! - me exalto saindo dali,sinto meu braço ser pegado com força fazendo com que me vire rápido.
E eu juro que por 5 segundos que meu coração parou.
— não aceito esse término......eu te amo tanto amor - aperta meu braço com mais força,e a medida que a pressão aumentava meus batimentos davam um solavanco,acelerando mais forte.
— NÃO! VOCÊ NÃO ME AMA,NUNCA ME AMOU! QUEM AMA NÃO FAZ O QUE VOCÊ FEZ - tento me soltar do seu aperto que a cada vez ficava mais intenso mas não consigo......ele parecia estar tomado pela droga e pela cachaça,me olhando como se fosse me matar bem ali.
