cap 11

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Livy narrando...

Acordei cedo e me arrumei. Desci e fui para a cozinha onde encontrei minha mãe. Fui até ela e beijei sua bochecha.

Eu: Bom dia.

Digo sorridente. Ela me entrega um sanduíche de geleia. Depois de comer...

Eu: Cadê o papai?

Pergunto.

Mãe: Ele saiu mais cedo. Eu vou te levar.

Diz. Fomos para o carro. Passei um pouco de moranguinho e guardei. Uma boa parte do caminho foi silencioso.

Mãe: Você gostaria de morar em Yahalo?

Pergunta.

Eu: Lá é legal?

Pergunto.

Mãe: Sim. Muito legal. Tem vários animais exóticos, várias faculdades, escolas e piscinas naturais. A paisagem de lá é bonita.

Diz.

Eu: Parece um lugar legal.

Digo.

Mãe: Você gostaria de morar lá?

Pergunta.

Eu: Não sei. Eu tenho amigos aqui.

Digo e ela ri fraco. Ela estacionou na frente da escola.

Eu: Tchau mãe, te amo.

Digo.

Mãe: Também te amo muito.

Diz e eu saio do carro. Assim que entro, encontro Camilo e o abraço.

Eu: Você está melhor?

Pergunto.

Camilo: Sim. Desculpe não ter ido na festa.

Diz.

Eu: Tudo bem. Você é mais importante.

Digo. No intervalo, fui para o pátio com ele e olhei em volta.

Camilo: O Tyler não veio hoje.

Diz.

Eu: Camilo, você acredita em vampiros e lobisomens?

Pergunto.

Camilo: Não. São apenas personagens fictícios.

Diz. As aulas passaram normalmente. Assim que cheguei em casa, fui para o escritório de papai e me sentei em sua frente.

Pai: Livy, você gosta daqui?

Pergunta e eu assinto.

Eu: Você e a mamãe estão estranhos.

Digo e ele ri um pouco enquanto assina alguns papéis da empresa.

Pai: Sabe que te amamos, não sabe?

Pergunta e eu assinto sorridente. Ele se levanta de sua cadeira e me abraça. Eu estranho, mas retribuo o abraço.

Pai: Independente do que aconteça. Eu sempre vou te amar. Independente das escolhas que faça, sempre vou estar aqui quando precisar.

Diz.

Mas será que eu vou estar aqui pra vocês se tomarem alguma decisão?

Me pergunto. Ele se afasta um pouco.

Eu: Ainda está ocupado?

Pergunto.

Pai: Não. Acabei de assinar a última folha.

Diz e eu sorrio.

Eu: Podemos tomar banho de piscina?

Pergunto e ele assente. Fomos para a piscina e entramos. Olho para fora da piscina e vejo mamãe passando.

Eu: Mãe,  venha.

A chamo.

Mãe: Daqui a pouco. Tenho que fazer um telefonema.

Diz saindo do local. Sinto a água ser jogada em meu rosto e olho para papai que tentava disfarçar. Jogo água nele e logo começamos uma guerrilha. Depois de tomar banho de piscina, nós saímos e eu fui para o quarto. Troquei de roupa e fui até a penteadeira arrumar o cabelo. A porta do quarto se abriu e se fechou.

Mãe: Posso arrumar seu cabelo?

Pergunta e eu assinto sorridente. Ela vem até mim e arruma meu cabelo.

Mãe: Eu costumava arrumar seu cabelo quando você era pequena.

Diz e eu sorrio.

Eu: E eu espero que você continue arrumando meu cabelo.

Digo e ela suspira sorrindo logo em seguida. Depois de arrumar o cabelo, me deitei na cama e ela se deitou do meu lado.

Mãe: Posso dormir com você hoje?

Pergunta e eu assinto. Ela se vira para o outro lado e dorme.

Posso pedir pra que não em bora ou me leve em bora?

Respiro fundo. Alguns minutos depois eu me levanto e vou até a escrivaninha. Sinto minhas lágrimas umidecerem meus olhos e os limpo.

Eles não vão se separar. Ainda se amam, eu acho.

Olho para a cama e vejo mamãe dormindo. Saio do quarto e vou pra cozinha.

Preciso comer alguma coisa.

Abro a geladeira.

Rosa: Livy? O que faz acordada a essa hora?

Pergunta e eu me viro.

Eu: Estou com fome. Você viu o pote de sorvete?

Pergunto. Ela se aproxima e abre o congelador me entregando um pote de sorvete de chocolate. Vou até a sala e ligo a TV deixando no volume mínimo. Me sento no sofá e abro o pote de sorvete. Começo a comer e Rosa se senta do meu lado.

Rosa: Livy. Me fale. O que aconteceu?

Pergunta.

Eu: Se... você se sente mal, o que você faz?

Pergunto e ela me abraça.

Rosa: Pode falar comigo se quiser.

Diz e eu respiro fundo.

Eu: Estou bem. De verdade. Só estou com fome.

Digo. Depois de comer o sorvete, voltei para o quarto e me deitei do lado de minha mãe. Fechei os olhos e dormi.





o lobo e a humanaWhere stories live. Discover now