capítulo 8

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Me desvencilhei de seus lábios como se deles estinguisse o mais forte veneno do mundo, como se o roçar de sua língua no céu da minha boca fosse me queimar completamente

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Me desvencilhei de seus lábios como se deles estinguisse o mais forte veneno do mundo, como se o roçar de sua língua no céu da minha boca fosse me queimar completamente. Me levantei do sofá tão transtornada que nem mesmo o ranger da porta me despertou, estava completamente fora de mim.

Seus olhos castanhos se mantiveram impossíveis de esquecer em meio aquele aglomerado de sensações, meus músculos estavam tensos e conseguia sentir toda a violência rugindo dentro de mim, como um animal raivoso preso em uma jaula. Não conseguia dizer nada, somente encarar seu olhar lascivo, sua boca inchada perante o que acabara de ocorrer. Seus cabelos estavam desalinhados, e um lado de seu hoby havia deslizado pela pele bronze, deixando seu ombro a vista. Nossas respirações entrecortadas, meu coração acelerado e o sangue em minhas veias queimava.

Eu estava queimando.

— Lauren, eu... — Ela tentou dizer, mas eu apenas queria que ela parasse de falar, principalmente porque sua voz parecia diferente pra mim agora. Mais mordaz, viperina.

Dei alguns passos para trás antes de me virar completamente para a porta, me movendo silenciosamente em direção a ela. Meus sentidos estavam tão confusos, minhas mãos trêmulas. Não tinha um só musculo do meu corpo que não estava tencionado.

Quando já estava do lado de fora, a brisa fresca evidenciou o quanto eu estava quente, o quanto eu queimava. Um rastro de suor escorria pela minha nuca. Não hesitei em andar para minha casa sem olhar para trás, me perguntando se ela sabia o que estava fazendo, se sabia o quanto aquilo poderia lhe custar. Mais ainda, me perguntava se era o que esperava, e se, de alguma forma, sabia sobre o quanto aquilo havia feito uma mudança estrondosa em mim, uma que, por questões de segurança, eu faria questão de manter em segredo!

[...]

No dia seguinte, quando meu despertador tocou, fiz questão de desliga-lo e virar para o outro lado e voltar a dormir. Mesmo quando vovó me chamou, me dizendo que estava atrasada, eu não levantei e ela certamente percebeu que havia alguma coisa errada.

Meu plano era não ir a escola durante um bom tempo, primeiro para não correr o risco de encontrar Camille pelos corredores. Segundo, para não esbarrar em Camila pela rua. Dois motivos que se entrelaçavam em um nó na minha garganta.

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